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centro de filosofia e ciências humanas - UFRJ

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As palavras utilizadas foram as mesmas para todas as séries (Anexo II). Foram<br />

estudadas as regularida<strong>de</strong>s morfossintáticas presentes no sufixo EZA, que é empregado<br />

na formação <strong>de</strong> nomes abstratos <strong>de</strong>rivados <strong>de</strong> adjetivos, como é o caso das palavras<br />

<strong>de</strong>lica<strong>de</strong>za e moleza; no sufixo ESA relacionado a nomes que indicam profissão, título<br />

ou posição social e o local <strong>de</strong> origem do sujeito, como nas palavras camponesa e<br />

japonesa; e no sufixo OSO referente a adjetivos como famoso e populoso.<br />

No caso das regras <strong>de</strong> contexto trabalhamos com as mesmas estudadas por<br />

Cavalcante (2000): o emprego do R e RR e a nasalização. Examinamos o emprego do R<br />

e RR nos seguintes contextos: /R/ intervocálico (beterraba), /r/ intervocálico<br />

(maratona), /R/ inicial (rotina), /R/ precedido <strong>de</strong> vogal nasal (genro) e /R/ precedido <strong>de</strong><br />

consoante (<strong>de</strong>srespeito). Estes dois últimos casos constavam no estudo <strong>de</strong> Cavalcante<br />

como /R/ entre consoante e vogal. No entanto, optamos pela classificação feita por<br />

Faraco (1992) por consi<strong>de</strong>rá-la mais a<strong>de</strong>quada. Avaliamos a nasalização diante <strong>de</strong> p e b<br />

(empada e pomba) e a nasalização diante das <strong>de</strong>mais consoantes (lenda).<br />

A tarefa <strong>de</strong> ditado <strong>de</strong> palavras foi composta por palavras reais e com baixa<br />

freqüência <strong>de</strong> ocorrência em todas as séries investigadas (Pinheiro, 1996), minimizando<br />

assim a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> escrita da palavra baseada apenas na exposição contínua a sua<br />

grafia ou na memorização. Desta forma, não foi consi<strong>de</strong>rado necessário a utilização <strong>de</strong><br />

pseudopalavras, cujo único objetivo seria o controle do efeito da memorização.<br />

Na seleção das palavras, foram evitadas aquelas que apresentavam mais <strong>de</strong> um<br />

tipo <strong>de</strong> restrição ortográfica. Com isto, pretendia-se aumentar a probabilida<strong>de</strong> das<br />

crianças, na tarefa <strong>de</strong> erro intencional, transgredirem apenas nos contextos críticos<br />

investigados. Todavia, nem sempre foi possível escolher palavras com apenas uma<br />

restrição, dada a limitação imposta pelo uso <strong>de</strong> palavras infreqüentes.<br />

Para a maioria dos contextos estudados foram selecionadas cinco palavras. Nos<br />

casos <strong>de</strong> nasalização, seguindo os mol<strong>de</strong>s do trabalho <strong>de</strong> Cavalcante (2000), foram<br />

escolhidas doze palavras, sendo três <strong>de</strong>las para nasalização antes <strong>de</strong> P, três para antes <strong>de</strong><br />

B e seis diante das <strong>de</strong>mais consoantes. A listagem <strong>de</strong> palavras infreqüentes para todas as<br />

séries do ensino fundamental possuía um número restrito <strong>de</strong> palavras com a<br />

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