18.04.2013 Views

centro de filosofia e ciências humanas - UFRJ

centro de filosofia e ciências humanas - UFRJ

centro de filosofia e ciências humanas - UFRJ

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

crianças <strong>de</strong> 1 a a 8 a série, que <strong>de</strong>veriam escrever as palavras inventadas <strong>de</strong>pois que o<br />

pesquisador lesse a história.<br />

Os resultados <strong>de</strong>sta pesquisa indicam que a aquisição <strong>de</strong> regras ortográficas <strong>de</strong><br />

mesma natureza não ocorre simultaneamente pelas crianças. A representação do /u/<br />

átono no final <strong>de</strong> palavras é aprendido mais rapidamente do que a representação do /i/,<br />

tanto na leitura quanto na escrita. Observou-se também que, na leitura, a utilização das<br />

regras contextuais foi maior do que na escrita. A diferença encontrada entre a leitura e a<br />

escrita provavelmente estaria refletindo as características particulares <strong>de</strong> cada um <strong>de</strong>stes<br />

processos. Na leitura, as pistas semânticas facilitariam na <strong>de</strong>codificação do que está<br />

escrito, enquanto que na escrita não haveria este tipo <strong>de</strong> artifício.<br />

Nunes (1992) conclui que as regras ortográficas não são adquiridas<br />

concomitantemente, pois mesmo aquelas que se apresentam gramaticalmente similares<br />

não são aprendidas pelas crianças ao mesmo tempo. Portanto, cada contexto ortográfico<br />

seria adquirido sem estar subordinado a uma aprendizagem conjunta para regras <strong>de</strong><br />

natureza semelhante.<br />

Rego e Buarque (2000) investigaram as dificulda<strong>de</strong>s que as crianças encontram<br />

para escrever regras ortográficas específicas. Foram abordadas regras referentes à<br />

utilização do r e rr e o contraste entre as grafias das terminações ou (presente na 3 a<br />

pessoa do singular do pretérito perfeito <strong>de</strong> verbos <strong>de</strong> 1 a conjugação), e or (presente em<br />

substantivos), além da comparação entre o iu (terminação da 3 a pessoa do singular do<br />

pretérito perfeito <strong>de</strong> verbos <strong>de</strong> terceira conjugação), io e il (terminações <strong>de</strong> substantivos<br />

e adjetivos). O estudo envolveu setenta e nove crianças do ensino fundamental em<br />

Recife, divididas em dois grupos: 38 cursavam a 1 a e a 3 a séries <strong>de</strong> uma escola<br />

particular e 41 cursavam a 2 a e a 4 a séries <strong>de</strong> uma escola pública.<br />

Foram realizadas duas sessões, no início e no final do ano, e em cada uma foi<br />

aplicado um ditado contendo palavras reais e inventadas. As palavras inventadas foram<br />

incluídas para assegurar uma grafia produtiva, que não pu<strong>de</strong>sse se basear em mera<br />

memorização. O pesquisador lia as frases nas quais as palavras estavam inseridas e as<br />

20

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!