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Delírio do Verbo: O Jornalismo Gonzo e a realidade ... - Flanador

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3. - Quem és tu, <strong>Gonzo</strong>?<br />

"Pois decidi que foda-se. <strong>Gonzo</strong> jornalistas não precisam de fatos<br />

noticiáveis: eles são a própria notícia. Eles fazem com que as coisas<br />

aconteçam. Eles desceram <strong>do</strong>s pedestais da objetividade e se<br />

lançaram ferozmente às ruas para ver a vida de perto, para<br />

experimentar e poder contar o que eles experimentaram. O gonzo<br />

jornalista não tem de falar por uma instituição e também por isso não<br />

precisa usar centenas de artimanhas para tentar - inutilmente -<br />

esconder a sua parcialidade." - André "Car<strong>do</strong>so" Czarnobai.<br />

Pós-modernidade, Cibercultura e Contracultura. Tríade que permitirá a apreensão<br />

das particularidades de um objeto que, se não é inova<strong>do</strong>r, é pelo menos novo. E já foi visto<br />

que não é possível tentar entender a contemporaneidade ten<strong>do</strong> como base os velhos<br />

paradigmas de apreensão <strong>do</strong> conhecimento. Não sejamos radicais; jogar toda a sapiência<br />

humana na lata <strong>do</strong> lixo não é o pretendi<strong>do</strong> aqui. O que se espera é poder enxergar os<br />

conceitos e práticas humanas de mo<strong>do</strong> a transparecer-lhes a essência e não só a epiderme. O<br />

triunvirato exposto no capítulo anterior será o nosso artifício para alcançar a devida<br />

compreensão da Irmandade Raoul Duke como prática jornalística, literária e, acima de<br />

tu<strong>do</strong>, social.<br />

Encarar nosso objeto como ator da pós-modernidade é trabalhar com uma noção<br />

que encara os gêneros (se de fato existem) não como unidades hermeticamente cerradas,<br />

mas como líqui<strong>do</strong>s multicolori<strong>do</strong>s, flui<strong>do</strong>s, que podem misturar-se uns aos outros e formar<br />

novas cores. Além disso, dentro de um ponto de vista que se diz pós-moderno, o processo<br />

investigativo perpassa o texto de mo<strong>do</strong> a realçar o seu próprio fazer, questionan<strong>do</strong> sua<br />

própria escritura e lugar. Por sua vez, estudar a cibercultura é não ignorar as transformações<br />

ocorridas, nos mais diversos âmbitos, com o advento e evolução da Internet como meio de<br />

comunicação. Se para McLuhan, o meio é a mensagem 23 , não podemos deixar de afirmar<br />

que o meio é, no mínimo, determinante de algumas das propriedades da referida mensagem,<br />

23 Link para bibliografia:<br />

MCLUHAN, Marshall. The Medium is the Message: An Inventory of Effects. Nova Iorque, Bantam Books,<br />

1967.<br />

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