DIARIO DA CAMARA DOS DEPUTADOS - Câmara dos Deputados
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Abril de 1996 DIÁRIO <strong>DA</strong> <strong>CAMARA</strong> <strong>DOS</strong> DEPUTA<strong>DOS</strong> Quinta-feira 25 11163<br />
~os financeiros, que artificialmente atraem o capital<br />
internacional e nos dão a ilusão de uma moeda lastreada.<br />
Ora, a agricultura precisa de soluções permanentes;<br />
o Brasil precisa de uma política agrícola que<br />
não seja mera coadjuvante das flutuações do dólar<br />
ou das taxas de juros. O Brasil, Si'. Presidente, precisa<br />
de estabilidade social, e não de uma pretensa<br />
estabilidade monetária que se mantenha às custas<br />
do desemprego nos campos e nas cidades.<br />
Pouca gente se lembra, e alguns fazem questão<br />
de esquecer, mas a agricultura era uma das cinco<br />
prioridades com que Farnando Henrique Car<strong>dos</strong>o<br />
acenava aos eleitores. Os pequenos produtores que<br />
acreditaram na promessa de campanha foram os<br />
grandes perdedores, pois para eles, não existe o farto<br />
caudal de dinheiro sempre posto, pela equipe<br />
econômica na mão de banqueiros nacessita<strong>dos</strong>.<br />
Ora, mas a pequena agricultura é fundamental,<br />
seja pelo fato de responder por mais da metade do<br />
abastecimento interno, seja por empregar 80% <strong>dos</strong><br />
trabalhadores rurais do País. É difícil imaginar como<br />
o Banco Nacional, ou o Banco Econômico possam<br />
ser mais importantes; mas o Executivo tem agido<br />
como se fossem, ao deixar totalmente abandonada<br />
a idéia de uma política agrícola, após um ano de<br />
mandato.<br />
A situação, como está, é insustentável; a maior<br />
parte do Congresso já percebeu isso e exige, da<br />
Presidência da República, providências imediatas.<br />
Não para salvar a imagem do Governo brasileiro no<br />
exterior, mas para salvar o interior do Brasil.<br />
A agricultura, srªs e Srs. Deputa<strong>dos</strong> está morrendo<br />
à míngua. Basta de adiarmos as soluções.<br />
Basta de pensarmos no próximo mandato. Pessoas<br />
estão morrendo, diariamente, em função do descaso<br />
governamental. Para à pequeno agricultor que perde<br />
suas terras para o banco credor, não existe muita<br />
esperança. Basta de comtemporizações. A agricultura<br />
precisa de um plano de socorro imediato.<br />
O SR. PAULO FEIJ6 (PSDB - RJ. Pronuncia<br />
o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, srªs e Srs.<br />
Deputa<strong>dos</strong>, o Município de Campos <strong>dos</strong> Goytacazes<br />
vive momentos decisivos em sua história, decidindo<br />
quais os nomes que devem concorrer à Prefeitura<br />
Municipal e à Câmara <strong>dos</strong> Vereadores. O problema,<br />
que em outros Municípios pode parecer simples, em<br />
Campos tem compiladores vários, sobretudo porque<br />
há lideranças novas e antigas que buscam ou assumir<br />
ou manter seus espaços, dentro de padrões de<br />
respeitabilidade aceitáveis e observa<strong>dos</strong> os limites<br />
da ética que sempre fazem bem ao ambiente político.<br />
Cresce em Campos a preocupação com o fato<br />
de que o novo Prefeito deve ser alguém que se disponha<br />
a dedicar-se em tempo integral aos problemas<br />
do Município, à solução de questões que de há<br />
muito subsistem, tais como saneamento básico para<br />
os distritos, melhoria das condições de emprego, expansão<br />
de redes de telefonia e de eletricidade em<br />
acordo com a União e o Estado, atendimento prioritário<br />
aos problemas de educação e de saúde, sobretudo<br />
no que diz respeito à seletividade e qualidade<br />
<strong>dos</strong> alimentos da merenda escolar, implementação<br />
de projetos e programas sociais que visem diminuir<br />
o número de carentes e de menores nas ruas, aplicação<br />
seletiva <strong>dos</strong> recursos públicos de modo a que<br />
sejam prioriza<strong>dos</strong> os projetos indica<strong>dos</strong> pela população,<br />
equação do problema de moradia com a distribuição<br />
financiada de lotes ou de casa para as pessoas<br />
de baixa renda, valorização do servidor municipal<br />
mediante programas de capacitação e de atualização,<br />
que permitam lilelhoria nas condições de salários<br />
aos que se submeteram aos treinamentos específicos<br />
para cada carreira e implantação de um<br />
Plano de Carreira.<br />
O novo Prefeito há de estar atento às necessidades<br />
das escolas, <strong>dos</strong> postos de saúde, das<br />
vias de transportes, há de zelar pela limpeza pública,<br />
pela coleta de lixo, pela recuperação <strong>dos</strong> parques<br />
municipais e, entre estes, principalmente as<br />
sedes das escolas urbanas ou rurais, há de manter<br />
bom relacionamento com os Governos do Estado<br />
e da União, tendo em vista a necessidade de<br />
estu<strong>dos</strong> conjuntos de problemas que dependem<br />
ou de recursos da União ou de verbas específicas<br />
do Estado.<br />
Sobre este tema, Sr. Presidente, e abrangendo<br />
outros aspectos sumamente importantes quanto ao<br />
perfil do novo Prefeito a ser eleito no Município de<br />
Campos, Q empresário Murilo Diégues bem se expressou<br />
em artigo publicado no jornal Folha da Manhã,<br />
edição de 5 de abril de 1996, onde, sobretudo,<br />
destaca a necessidade de qualificações morais irrecusáveis<br />
para que alguém chegue a merecer o voto<br />
popular nas eleições municipais deste ano.<br />
E do mencionado artigo, cujo título é<br />
"Qualidade Básica", destaco os seguintes<br />
e importantes textos: ...não se pode governar<br />
a cidade e, ao mesmo tempo, cuidar<br />
da preparação de saltos futuros na escalada<br />
política. Os eleitores deixaram bem claro<br />
que não desejam este tipo de jldministrador<br />
para Campos em recentepêsquisa realizada<br />
por uma instituição respeitada e especializa-