10.07.2015 Views

A Economia dos Ecossistemas e da Biodiversi - CNI

A Economia dos Ecossistemas e da Biodiversi - CNI

A Economia dos Ecossistemas e da Biodiversi - CNI

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

T E E B P A R A O S E T O R D E N E G Ó C I O S4.2INTEGRAÇÃO DA BIODIVERSIDADEE DOS ECOSSISTEMAS À GESTÃODE RISCOS CORPORATIVAA gestão de riscos corporativa classifica o risco conforme o grau de impacto potencial e a probabili<strong>da</strong>de de orisco ocorrer. Em alguns casos, uma simples matriz bidimensional de probabili<strong>da</strong>de (possibili<strong>da</strong>de) e consequência(gravi<strong>da</strong>de) pode aju<strong>da</strong>r a avaliar o risco. No entanto, mais frequentemente do que se imagina, a complexi<strong>da</strong>de<strong>da</strong>s questões envolvi<strong>da</strong>s provavelmente exigirá uma representação mais elabora<strong>da</strong> quando se empregam matrizesde risco 4x4, 4x5 ou 5x5. Às células desta matriz é atribuí<strong>da</strong> uma de várias classes de riscos – crítico, muitoalto, alto, moderado e baixo – às quais estão vincula<strong>da</strong>s ações de gestão, traduzindo-se, assim, em priori<strong>da</strong>des.Um risco de baixa probabili<strong>da</strong>de/alta consequência pode, neste sentido, estar na mesma classe de um risco deprobabili<strong>da</strong>de modera<strong>da</strong>/possibili<strong>da</strong>de modera<strong>da</strong>.Além disso, para determinar um nível de risco aceitável, a empresa desenvolve uma estratégia de gestão de riscosque identifica riscos residuais, cria uma estratégia de controle, atribui responsabili<strong>da</strong>des e desenvolve mecanismosde alerta antecipado para gerenciar esses riscos (Jones e Sutherland, 1999). A Tabela 4.1 apresenta um resumo<strong>dos</strong> riscos mais prováveis relaciona<strong>dos</strong> com a biodiversi<strong>da</strong>de e os serviços ecossistêmicos para diferentes setores.Por exemplo, na medi<strong>da</strong> em que as regiões produtoras de petróleo amadurecem e passam a produzir menospetróleo, a indústria petrolífera se vê progressivamente força<strong>da</strong> a explorar e produzir em ambientes ca<strong>da</strong> vezmais sensíveis. Em áreas social e ambientalmente sensíveis, o acesso a reservas pode ser negado, restringido ounão resolvido. Quando o acesso é permitido, a oposição <strong>da</strong>s comuni<strong>da</strong>des locais pode coibir as operações deprodução, tornando-as mais onerosas. Austin e Sauer (2002) avaliaram as implicações financeiras de possíveisrestrições do acesso de empresas extrativistas às suas reservas em áreas ecologicamente importantes e protegi<strong>da</strong>s.Em diferentes cenários, as pressões contra o acesso se refletiram em diferentes combinações de aumentos<strong>dos</strong> custos de produção, redução <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>de produtiva e proibição do acesso a reservas.Figura 4.1 Consequências financeiras de políticas climáticase restrição de acesso a reservas petrolíferasPercentual de mu<strong>da</strong>nça por acionista2%0%-2%-4%-6%AHC APA BP BR CVX COP E ETP XOM OXY REP RD SUN TOT UCL VLOPossíveis resulta<strong>dos</strong> e impacto mais provável para 16 empresas: Amera<strong>da</strong> Hess (AHC), Apache (APA), BP (BP), Burlington Resources(BR), ChevronTexaco (CVX), Conoco – Phillips (COP), Eni (E), Enterprise Oil (ETP), ExxonMobil (XOM), Occidental Petroleum (OXY),Repsol YPF (REP), Royal Dutch/Shell Group (RD), Sunoco (SUN), TotalFinaElf (TOT), Unocal (UCL) e Valero Energy (VLO)Fonte: Austin e Sauer (2002)C a p í t u l o 4 ∙ pá g i n a 1 4 0

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!