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A Economia dos Ecossistemas e da Biodiversi - CNI

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T E E B P A R A O S E T O R D E N E G Ó C I O SMercado de Carbono Voluntário <strong>da</strong> Agriculture, Forestry & Land Use (AFOLU): Transações voluntáriasde compensação de carbono alcançaram US$ 705 milhões em 2008, duplicando em tamanho em relaçãoaos anos anteriores e com preços <strong>dos</strong> créditos aumentando em uma média de 20%. Deste volume comercializado,11% foram gera<strong>dos</strong> por projetos <strong>da</strong> AFOLU, com cobenefícios potenciais para a biodiversi<strong>da</strong>de ea redução <strong>da</strong> pobreza, como: reflorestamento; desmatamento evitado (REDD0); melhoria no manejo florestal;e manejo de solo para agricultura. O interesse em créditos de carbono basea<strong>dos</strong> em projetos de uso <strong>da</strong>terra foi alavancado pelas mu<strong>da</strong>nças reais e antecipa<strong>da</strong>s no ambiente regulatório e na criação de padrõesde mercado como o Padrão Voluntário de Carbono (Voluntary Carbon Stan<strong>da</strong>rd, VCS) e o Padrão de Clima,Comuni<strong>da</strong>de e <strong>Biodiversi</strong><strong>da</strong>de (Climate, Community and <strong>Biodiversi</strong>ty Stan<strong>da</strong>rd, CCBS). Estes padrões fornecemsegurança para compradores e vendedores utilizarem méto<strong>dos</strong> confiáveis de contabili<strong>da</strong>de de carbono e deterem processos de registro racionaliza<strong>dos</strong>. As metodologias <strong>dos</strong> diversos padrões variam, no entanto, e temdiferentes abor<strong>da</strong>gens para quantificar as linhas de base, vazamento e adição entre os tipos de projetos <strong>da</strong>AFOLU4. Os compradores atuais incluem:• ‌Empresas que se comprometeram voluntariamente a serem neutras na emissão de carbono;• ‌Empresas que compram créditos para cumprir objetivos corporativos de responsabili<strong>da</strong>de social e ambiental;• ‌Enti<strong>da</strong>des corporativas que antecipam o cumprimento com futuras regulamentações;• ‌Comerciantes e corretores que querem obter vantagens no caso de possíveis aumentos em preços futuros;• ‌Indivíduos que compensam suas ‘pega<strong>da</strong>s pessoais de carbono’.Quando projetos de quali<strong>da</strong>de são apresenta<strong>dos</strong> ao mercado, há o desenvolvimento de expertise técnica efontes de financiamento surgem, indicativos de que o mercado de AFOLU continuará a crescer e deve permanecercomo uma oportuni<strong>da</strong>de significativa para negócios. Com créditos de compensação de projetosflorestais especificamente permiti<strong>dos</strong> pela legislação de clima proposta nos Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>, pode-se anteciparque a deman<strong>da</strong> por projetos AFOLU crescerá nos próximos dois a cinco anos.Malásia – Malua BioBank é um esforço do Eco Products Fund LP, uma empresa priva<strong>da</strong> gerencia<strong>da</strong> emconjunto com a New Forests Inc e a Equator Environmental LLC, e o governo estadual de Sabah, que concedeudireitos de conservação para o Malua BioBank por um período de 50 anos. O objetivo é levantar US$10 milhões para a reabilitação de 34.000 hectares de floresta desmata<strong>da</strong> adjacente a Área de ConservaçãoDanum Valley. O Malua BioBank vende Certifica<strong>dos</strong> de Conservação <strong>da</strong> <strong>Biodiversi</strong><strong>da</strong>de, que são equivalentesa 100 metros quadra<strong>dos</strong> de área protegi<strong>da</strong> e floresta tropical restaura<strong>da</strong>. Os certifica<strong>dos</strong> estão sendo atualmentevendi<strong>dos</strong> a US$ 10 por uni<strong>da</strong>de (equivalente a US$ 1.000 por hectare), e 21.500 créditos já foramcompra<strong>dos</strong> por empresas <strong>da</strong> Malásia. Os certifica<strong>dos</strong> são registra<strong>dos</strong> no registro ambiental Markit5 e podemser comercializa<strong>dos</strong> ou saca<strong>dos</strong>. A receita gera<strong>da</strong> pelas ven<strong>da</strong>s de certifica<strong>dos</strong> é usa<strong>da</strong> para financiar oscustos correntes <strong>dos</strong> projetos e é investi<strong>da</strong> em um fundo fiduciário para a gestão <strong>da</strong> conservação previstana licença de 50 anos. Qualquer lucro, além disso, será dividido entre o titular <strong>da</strong> licença para o manejo <strong>da</strong>floresta (Yayasan Sabah, uma fun<strong>da</strong>ção do governo de Sabah que visa melhorar a vi<strong>da</strong> <strong>dos</strong> habitantes locais)e os investidores do Malua BioBank (www.maluabank.com/).É preciso observar que compras de Certifica<strong>dos</strong> do Malua BioBank não podem ser utiliza<strong>da</strong>s pelas empresaspara compensar seus impactos nas florestas tropicais em outros locais. Ao comprar o certificado, o compradorconcor<strong>da</strong> por contrato que os certifica<strong>dos</strong> não representam offsets pelo desmatamento ou degra<strong>da</strong>çãode outras florestas. Com relação a isso, o Malua BioBank fornece um exemplo de um mercado diferente domercado de compensação (offsets) e destaca os riscos reputacionais e o senso de responsabili<strong>da</strong>de ambiental<strong>dos</strong> empreendedores como sendo fatores determinantes para que a empresa se envolva em merca<strong>dos</strong> deserviços ecossistêmicos.Fontes: The Katoomba Group and New Carbon Finance (2008), Hamilton et al. (2009), Cullen and Durschinger (2008), Gripne (2008)C a p í t u l o 5 ∙ pá g i n a 1 9 1

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