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A Economia dos Ecossistemas e da Biodiversi - CNI

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T E E B P A R A O S E T O R D E N E G Ó C I O S1.1CONTEXTO DORELATÓRIOVivemos em um mundo transformado pelos negócios. As empresas prosperam, fornecendo produtos e serviçospara pessoas em to<strong>da</strong> parte, e desempenham um papel fun<strong>da</strong>mental no desenvolvimento econômico. Para anatureza, o preço do desenvolvimento e do sucesso <strong>dos</strong> negócios tem sido muito alto.A maioria <strong>dos</strong> empresários tem conhecimento <strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>nças climáticas e aceita a necessi<strong>da</strong>de de reduzir asemissões de gases de efeito estufa para níveis compatíveis com um clima estável. Os empresários também estãose tornando mais conscientes <strong>dos</strong> riscos <strong>da</strong> per<strong>da</strong> <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de e <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de de respeitar os limitesecológicos em geral (Avaliação Ecossistêmica do Milênio, 2005).O valor econômico <strong>da</strong> natureza está mu<strong>da</strong>ndo, refletindo mu<strong>da</strong>nças nas preferências <strong>da</strong>s pessoas, na demografia,nos merca<strong>dos</strong>, na tecnologia e no próprio meio ambiente. As empresas estão respondendo, mas é necessáriomuito mais esforço para desenvolver e ampliar modelos de negócio competitivos capazes de conservar a biodiversi<strong>da</strong>dee oferecer serviços ecossistêmicos e ao mesmo tempo atender às necessi<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s pessoas pormelhores produtos e serviços.A per<strong>da</strong> <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de e a redução <strong>dos</strong> serviços ecossistêmicos (BSE) estão ca<strong>da</strong> vez mais bem documenta<strong>da</strong>s(ver capítulo 2) e ca<strong>da</strong> vez mais reconheci<strong>da</strong>s como geradoras de riscos para as empresas (Athanas et al., 2006).O risco ao negócio pode estar relacionado com os impactos diretos <strong>da</strong>s operações de uma empresa sobre abiodiversi<strong>da</strong>de, ou a dependência de uma empresa quando os serviços ecossistêmicos servem de insumo para aprodução. Em outros casos, os riscos para a empresa associa<strong>dos</strong> à per<strong>da</strong> <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de podem ser indiretos,operando por meio de cadeias de abastecimento ou decisões de mercado quanto ao investimento, à produção,à distribuição e à comercialização (ver capítulo 3). Empresas de todo o mundo estão encontrando maneiras deidentificar, evitar e mitigar seus riscos por causa <strong>da</strong> per<strong>da</strong> <strong>da</strong> BSE, usando um leque de novas ferramentas desenvolvi<strong>da</strong>spor, com e para as empresas (ver capítulo 4).Ao mesmo tempo, a biodiversi<strong>da</strong>de e os serviços ecossistêmicos também constituem a base de novas oportuni<strong>da</strong>desde negócio (ver capítulo 5). Isso é mais evidente no caso de empresas que vendem bens e serviçosdiretamente associa<strong>dos</strong> à biodiversi<strong>da</strong>de e aos ecossistemas, como o turismo associado à ecologia. Mas, comono caso do risco de declínio <strong>da</strong> BSE, existem ligações menos diretas entre o comércio e a conservação, masque também oferecem oportuni<strong>da</strong>des. Como resultado, ca<strong>da</strong> vez mais investidores e empresários criam fun<strong>dos</strong>e empresas dedica<strong>da</strong>s ao negócio do desenvolvimento <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de (Bishop et al., 2008). Ao mesmo tempo,algumas empresas descobrem que a integração <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de e <strong>dos</strong> serviços ecossistêmicos em seussistemas de gestão também pode aju<strong>da</strong>r a atingir metas de responsabili<strong>da</strong>de social mais amplas (ver capítulo 6).Este relatório é parte de um estudo sobre A <strong>Economia</strong> <strong>dos</strong> <strong>Ecossistemas</strong> e <strong>da</strong> <strong>Biodiversi</strong><strong>da</strong>de (The Economics ofEcosystems and <strong>Biodiversi</strong>ty - TEEB), lançado pelo Governo <strong>da</strong> Alemanha e a Comissão Europeia em resposta auma proposta <strong>dos</strong> Ministros do Meio Ambiente do G8 e de cinco economias emergentes (Iniciativa de Pots<strong>da</strong>mde 2007). O TEEB é um estudo independente, conduzido pelo Sr. Pavan Sukhdev, organizado pelo Programa <strong>da</strong>sNações Uni<strong>da</strong>s para o Meio Ambiente, com apoio financeiro <strong>da</strong> Comissão Europeia e <strong>dos</strong> governos <strong>da</strong> Alemanha,Países Baixos, Noruega, Suécia e Reino Unido, bem como contribuições em espécie de diversas organizaçõespúblicas e priva<strong>da</strong>s. O objetivo do TEEB é avaliar os impactos econômicos <strong>da</strong> per<strong>da</strong> <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de e oferecerrespostas concretas para deter o declínio <strong>dos</strong> ecossistemas 1 .C a p í t u l o 1 ∙ pá g i n a 7

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