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A Economia dos Ecossistemas e da Biodiversi - CNI

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T E E B P A R A O S E T O R D E N E G Ó C I O S5.3.4 REDD+ E LIÇÕES PARA NOVOS MERCADOS DE SERVIÇOSECOSSISTÊMICOSEstima-se que anualmente o desmatamento seja responsável por cerca de 17% <strong>da</strong>s emissões globais de gasesde efeito estufa (IPCC, 2007). Combater o desmatamento parece ser o melhor, mais custo-efetivo e mais rápidomeio para mitigar as emissões até 2030 (Ad<strong>da</strong>ms et al., 2009; IAP 2009; Acordo de Copenhague). Para se alcançaresse resultado, ações como a Redução de Emissões por Desmatamento e Degra<strong>da</strong>ção (REDD) e REDD+ temsurgido rapi<strong>da</strong>mente nos últimos anos em to<strong>dos</strong> os assuntos a respeito de mu<strong>da</strong>nças climáticas (Quadro 5.11).Os projetos REDD buscam criar ou fortalecer incentivos para a proteção de florestas existentes por meio de açõesque previnem o desmatamento e/ou a degra<strong>da</strong>ção florestal. Pode-se alcançar estes objetivos com a adoção devárias medi<strong>da</strong>s, com financiamento do mercado de carbono ou com pagamentos diretos de governos para aproteção e manejo <strong>da</strong>s florestas.O mecanismo de REDD proposto foi expandido para REDD+, que inclui não só a redução <strong>da</strong>s emissões como combate ao desmatamento, mas também inclui a conservação de estoques de carbono em florestas em pé,fortalecimento de estoques de carbono, reflorestamento e manejo sustentável de florestas. To<strong>da</strong>s essas açõespodem ser projetos de REDD+, dependendo de como será o acordo final, que pode ser aprovado na COP16, noMéxico, em dezembro de 2010 (Parker et al., 2009; Forum for the Future, 2009).Quadro 5.11 Marcos e perspectives do desenvolvimento de REDD e REDD+• ‌2005 – Proposta <strong>dos</strong> governos <strong>da</strong> Costa Rica, Papua-Nova Guiné e outros para inclusão do desmatamentoevitado em um acordo sobre mu<strong>da</strong>nças climáticas pós-Kyoto recebe apoio de vários países na COP 11em Montreal;• ‌2007 – As partes <strong>da</strong> Convenção Quadro sobre Mu<strong>da</strong>nças Climáticas <strong>da</strong>s Nações Uni<strong>da</strong>s (UNFCCC, nasigla em inglês) fazem referência ao REDD no Plano de Ação de Bali e no Bali Road Map na COP13 paraum marco sobre mu<strong>da</strong>nças climáticas pós-Kyoto;• ‌2008 – US$4,6 bilhões são dedica<strong>dos</strong> a projetos de REDD em seis fun<strong>dos</strong> internacionais;• ‌2009 – Reconhecimento do papel e <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de de mecanismos financeiros para o REDD no Acordode Copenhague na COP 15;• ‌2010 – O mecanismo de REDD+ pode ser aprovado na COP 16 no México;• ‌2011 – O mecanismo de REDD+ pode se tornar real com a ratificação do Acordo de Kyoto II;• ‌2013 – Créditos de REDD+ podem passar a ser aceitos como uni<strong>da</strong>des admissíveis de cumprimento naFase III do Sistema Europeu de Comércio de Emissões (EUETS, na sigla em inglês)Uma floresta primitiva é, em termos gerais, densa em carbono e diversa do ponto de vista biológico, sendo queas florestas tropicais, tempera<strong>da</strong>s e boreais contêm cerca de dois terços <strong>da</strong>s espécies terrestres do mundo. Paraflorestas intactas, uma <strong>da</strong>s mais efetivas maneiras de conservar a biodiversi<strong>da</strong>de parece ser evitar o desmatamento.No caso de áreas degra<strong>da</strong><strong>da</strong>s, a restauração pode ocorrer pelo estabelecimento de espécies nativas diversifica<strong>da</strong>se também evitar futuros desmatamentos, multiplicando, assim os benefícios <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de (PNUMA, 20088).É provável que o REDD+ seja o primeiro grande mercado relacionado à biodiversi<strong>da</strong>de coordenado internacionalmentee ele pode oferecer valiosas lições, incluindo como desenvolver merca<strong>dos</strong>, padrões e regulamentações quesejam economicamente eficientes, efetivos do ponto de vista ambiental e politicamente aceitáveis. Estas liçõesserão importantes para o estabelecimento e o crescimento de outros merca<strong>dos</strong> ecossistêmicos.‌O Relatório Eliasch (2008) estimou que os fun<strong>dos</strong> necessários para reduzir pela metade as emissões do setorflorestal até 2030 custariam cerca de US$17-33 bilhões por ano, baseando-se em várias estimativas <strong>da</strong> literaturaC a p í t u l o 5 ∙ pá g i n a 1 9 6

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