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A Economia dos Ecossistemas e da Biodiversi - CNI

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T E E B P A R A O S E T O R D E N E G Ó C I O SA matriz é emprega<strong>da</strong> como parte <strong>dos</strong> três passos de implementação no SGB:• 1º Passo: conhecer o impacto potencial. Um questionário ambiental anual coleta informações (autoinforma<strong>da</strong>s)sobre biodiversi<strong>da</strong>de, por locali<strong>da</strong>de, utiliza<strong>da</strong>s no mapeamento de riscos. Quando os riscos ouimpactos são desconheci<strong>dos</strong>, é preciso fechar a lacuna de conhecimento;• 2º Passo: associar o nível de esforço ao risco. Locali<strong>da</strong>des sensíveis requerem a implementação de Planosde Ação de <strong>Biodiversi</strong><strong>da</strong>de completos e monitoramento de progresso. A colaboração com parceirosespecializa<strong>dos</strong> pode aju<strong>da</strong>r as locali<strong>da</strong>des a desenvolver os inventários de biodiversi<strong>da</strong>de necessários,definir metas apropria<strong>da</strong>s e determinar ações.• 3º Passo: monitorar resulta<strong>dos</strong> para demonstrar o progresso na consecução <strong>da</strong>s metas. Na maioria <strong>da</strong>slocali<strong>da</strong>des, o monitoramento pode ser realizado por pessoal interno. No caso de ambientes sensíveis,o monitoramento externo especializado pode garantir maior credibili<strong>da</strong>de aos resulta<strong>dos</strong>. As ativi<strong>da</strong>desde biodiversi<strong>da</strong>de devem ser integra<strong>da</strong>s aos processos de gestão de operações existentes, tais como oplanejamento de reabilitação e sistemas de gestão ambiental.Um inventário completo de mais <strong>da</strong>s to<strong>da</strong>s 500 locali<strong>da</strong>des de extração de proprie<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Holcim em mais de70 países foi realizado, e to<strong>dos</strong> as locali<strong>da</strong>des estão classifica<strong>da</strong>s na matriz de riscos. A diretoria foi informa<strong>da</strong><strong>da</strong>s áreas que necessitam de maior atenção, e uma meta global de biodiversi<strong>da</strong>de foi defini<strong>da</strong> para monitoraro progresso: até 2013, 80% <strong>da</strong>s locali<strong>da</strong>des sensíveis contarão com um plano de ação de biodiversi<strong>da</strong>de. Osresulta<strong>dos</strong> e os progressos obti<strong>dos</strong> serão publica<strong>dos</strong> no relatório de sustentabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Holcim.‌A Holcim reconhece que se ressente de capaci<strong>da</strong>de para monitorar e realizar adequa<strong>da</strong>mente as avaliaçõesde biodiversi<strong>da</strong>de necessárias. Portanto, continuará a trabalhar com parceiros externos quando apropriado,enquanto desenvolve capaci<strong>da</strong>de internamente. A empresa também terá a oportuni<strong>da</strong>de de definir indicadoresde desempenho mais inteligentes e pragmáticos para mensurar o impacto de longo prazo na biodiversi<strong>da</strong>de.Os produtos <strong>da</strong>s Avaliações de Impacto Social e Ambiental, levantamentos pormenoriza<strong>dos</strong> e avaliações maisdetalha<strong>da</strong>s <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de devem servir de base para a gestão ambiental operacional de ca<strong>da</strong> locali<strong>da</strong>dee como ponto de parti<strong>da</strong> para planos de reabilitação <strong>da</strong>s locali<strong>da</strong>des de extração. Essas tarefas continuam acargo <strong>da</strong>s operações locais.Fonte: Carbone, Tong e Bos (2009) e Holcim – Bos e Tong (2010)Grande parte do valor <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de e <strong>dos</strong> serviços ecossistêmicos tem-se baseado, tradicionalmente, emvalores não econômicos defini<strong>dos</strong> por regulamentação governamental (ex.: Natura, 2000), consenso científico (ex.:Lista Vermelha de Espécies Ameaça<strong>da</strong>s de Extinção <strong>da</strong> IUCN), ou nas preferências do consumidor (ex.: produtoscertifica<strong>dos</strong>). Este valor é materializado por meio de leis de proteção <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de em locais específicos, bemcomo por ações de ONGs para prevenir a per<strong>da</strong> de biodiversi<strong>da</strong>de, e em diretrizes desenvolvi<strong>da</strong>s por esquemasde certificação. Ca<strong>da</strong> um desses mecanismos define riscos aceitáveis, embora frequentemente estes valores nãosejam quantifica<strong>dos</strong> em termos financeiros e, em alguns casos, possa haver opiniões conflitantes no que se refereao valor <strong>da</strong>s espécies, <strong>da</strong>s áreas ou <strong>dos</strong> ecossistemas específicos.A integração <strong>dos</strong> ecossistemas e <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de a sistemas de gestão de riscos existentes no contexto destesvalores econômicos começa com a suposição inerente de que a biodiversi<strong>da</strong>de ou os ecossistemas são valiosospara a empresa e/ou para a socie<strong>da</strong>de e, portanto, constituem um risco que precisa ser gerenciado. A avaliação dovalor percebido geralmente é defini<strong>da</strong> em uni<strong>da</strong>des não econômicas, tais como populações de espécies, áreas deecossistemas, ou outras uni<strong>da</strong>des biofísicas apropria<strong>da</strong>s. Esta representação tende a ser imperfeita, uma vez queo vínculo preciso entre uni<strong>da</strong>des biofísicas e valor econômico para uma empresa, pode-se dizer, que certamentenão será linear, coerente ou previsível.C a p í t u l o 4 ∙ pá g i n a 1 4 4

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