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A Economia dos Ecossistemas e da Biodiversi - CNI

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T E E B P A R A O S E T O R D E N E G Ó C I O Scomuns, como cimento, aço e alumínio, materiais de construção à base de madeira requerem menos energiapara a produção, têm maior eficiência térmica e podem ser reutiliza<strong>dos</strong>, recicla<strong>dos</strong> ou usa<strong>dos</strong> como biomassapara a energia.Embora a per<strong>da</strong> de floresta seja impulsiona<strong>da</strong> principalmente pela expansão <strong>da</strong> agricultura, ativi<strong>da</strong>des madeireirascomerciais insustentáveis são, contudo, um fator significativo para a per<strong>da</strong> de florestas e <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de em todoo mundo (Quadro 2.3). No Sul e Sudeste <strong>da</strong> Ásia e do Pacífico, por exemplo, a extração de madeira comercial éinsustentável e representa cerca de 25% do desmatamento (Mar<strong>da</strong>s et al., 2009).Estas ativi<strong>da</strong>des são geralmente conduzi<strong>da</strong>s por extração ilegal de madeira, que ocorre principalmente em partes<strong>da</strong> Ásia, Rússia, Europa Central e Oriental e África Central. A exploração madeireira ilegal inclui diversas ativi<strong>da</strong>des,aquelas de preocupação particular para a biodiversi<strong>da</strong>de incluem a colheita, sem autorização em áreas protegi<strong>da</strong>s,a colheita sem ou com excesso de concessão de autorização, falta de relatório sobre a ativi<strong>da</strong>de de colheita eviolação de acor<strong>dos</strong> internacionais de comércio, como a Convenção sobre Comércio Internacional de EspéciesAmeaça<strong>da</strong>s (CITES). Estima-se que estas ativi<strong>da</strong>des representem 5-10% <strong>da</strong> produção industrial global de torasde madeira (Seneca Creek Associates, 2004).As ativi<strong>da</strong>des legais e ilegais também podem afetar indiretamente a biodiversi<strong>da</strong>de por meio <strong>da</strong> construção deestra<strong>da</strong>s para extração de madeira (a fragmentação do habitat), o que pode facilitar a mineração em pequenaescala, a caça, a extração ilegal de madeira, pesca e assentamentos dentro de florestas anteriormente intoca<strong>da</strong>s.A indústria florestal, especialmente o setor de celulose e papel, usa energia com relativa intensi<strong>da</strong>de. Entretanto, abiomassa de madeira é frequentemente utiliza<strong>da</strong> como um combustível que, se proveniente de uma floresta geri<strong>da</strong>de forma sustentável, é neutra ou quase neutra em carbono. Em geral, os processos de produção na indústriade produtos florestais representam uma contribuição relativamente pequena para a mu<strong>da</strong>nça climática, sendoresponsável por cerca de 1,6% <strong>da</strong>s emissões globais de CO 2(WBCSD, 2007).2.3.3 MINERAÇÃO E EXTRATIVISMOCom exceção do fornecimento de água doce para o processamento mineral, a indústria de mineração não édiretamente dependente <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de ou de serviços ecossistêmicos. No entanto, a indústria de mineraçãocausa uma série de impactos diretos e indiretos sobre a biodiversi<strong>da</strong>de e os serviços ecossistêmicos que, seignora<strong>dos</strong>, podem criar grandes riscos de operação para a mineração.Um <strong>dos</strong> principais impactos diretos vem <strong>da</strong> mineração de superfície, uma vez que habitats sobrejacentes e característicasgeológicas são removi<strong>dos</strong> durante a extração de minerais. Outros distúrbios às plantas e animaisdurante o processo de extração incluem ruído, poeira, poluição e remoção e armazenagem de resíduos (rejeitos).Embora o processo de extração em si esteja associado principalmente aos impactos negativos, um número crescentede empresas está começando a usar a compensação <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de para compensar impactos residuaisque não podem ser supri<strong>dos</strong> no local, além de investir na recuperação ambiental e reabilitação de minas antigas.Em alguns casos, tais ativi<strong>da</strong>des podem agregar um valor significativo à biodiversi<strong>da</strong>de (Quadro 2.4).C a p í t u l o 2 ∙ pá g i n a 5 5

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