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A Economia dos Ecossistemas e da Biodiversi - CNI

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T E E B P A R A O S E T O R D E N E G Ó C I O Sserem libera<strong>dos</strong> para as áreas úmi<strong>da</strong>s construí<strong>da</strong>s que realizam uma “lavagem” mais natural antes do seu eventualretorno ao Rio Gua<strong>da</strong>lupe. Mais de nove milhões de litros de água recupera<strong>dos</strong> são devolvi<strong>dos</strong> ao Rio Gua<strong>da</strong>lupea ca<strong>da</strong> dia (Global Environmental Management Initiative, 2002b).2.4.2 REGULATÓRIO E LEGAL• ‌Risco – surgimento de novas multas, novas taxas para o usuário, regras governamentais, ou ações judiciaispor parte <strong>da</strong>s comuni<strong>da</strong>des ou grupos que desafiam as ativi<strong>da</strong>des empresariais;• ‌Oportuni<strong>da</strong>de – envolver os governos para o desenvolvimento de políticas e incentivos para proteger e restauraros ecossistemas que fornecem os serviços que uma empresa precisa.Em 2004, o governo do Reino Unido negou à Associated British Ports a permissão de planejar a expansão doporto em Dibden, devido ao seu impacto potencial em ecossistemas costeiros que foram valora<strong>dos</strong> pela biodiversi<strong>da</strong>dee pelos serviços culturais associa<strong>dos</strong>. Como resultado, a Associated British Ports teve de amortizar GB £45milhões, previamente gastos na proposta e o preço <strong>da</strong>s ações <strong>da</strong> empresa caiu 12% na semana imediatamenteapós o indeferimento <strong>da</strong> permissão (ISIS, 2004).A Organização Marítima Internacional publicou os regulamentos que entraram em vigor em 2009, a fim de impediro transporte de espécies exóticas invasoras por águas de lastro <strong>dos</strong> navios. Espécies aquáticas transporta<strong>da</strong>sde um ecossistema para outro por navio podem ter efeitos devastadores sobre a vi<strong>da</strong> marinha e nas economiaslocais. Para aju<strong>da</strong>r aos proprietários de navios às novas exigências, a Alfa Laval desenvolveu e lançou o PureBallast,o primeiro sistema de tratamento de água de lastro no mercado que remove organismos marinhos indeseja<strong>dos</strong>,sem aditivos ou produtos químicos (Alfa Laval, 2010).2.4.3 REPUTAÇÂO• ‌Risco – <strong>da</strong>no à reputação <strong>da</strong>s empresas pela mídia e organizações não governamentais (ONGs) ou por campanhas,resoluções <strong>da</strong>s partes interessa<strong>da</strong>s e alteração <strong>da</strong>s preferências do cliente;• ‌Oportuni<strong>da</strong>de – Benefícios <strong>da</strong> implementação e comunicação de compras sustentáveis, exploração, ou práticasde investimento a fim de diferenciar marcas corporativas.Em 1995, a fabricante canadense de alumínio – Alcan tentou desviar um rio para gerar energia elétrica para umade suas fundições. No entanto, as comuni<strong>da</strong>des indígenas locais se opuseram, uma vez que o rio era uma fonte deágua doce, de peixes e de serviços culturais para eles. No final, a Alcan foi incapaz de receber o consentimento e,finalmente, abandonou o projeto, perdendo U$ 500 milhões de dólares em investimentos iniciais (Esty et al., 2006).A GDF Suez tem como objetivo melhorar as relações com as partes interessa<strong>da</strong>s por meio de parceria com oServiço Nacional de Museu de História Natural <strong>da</strong> França para criar centenas de quilômetros de corredores decampos em cima e em torno de seus gasodutos. Estes corredores na região de Ile-de-France aumentariam o valorestético de terras através do qual passam os gasodutos e diminuiria a perturbação operacional nos ecossistemascircun<strong>da</strong>ntes (WBCSD et al., 2002).De acordo com Steve Hounsell, assessor ambiental <strong>da</strong> Ontario Power Generation, uma concessionária de energiaelétrica, os programas de biodiversi<strong>da</strong>de têm normalmente custo muito baixo em relação aos benefícios que geramà imagem corporativa: “grupos que normalmente criticariam a Ontario Power Generation (e as nossas emissõesfósseis) estão muito mais ‘do lado’ <strong>da</strong> empresa e apoiam este programa. Eles se tornaram nossos alia<strong>dos</strong>. Issoaju<strong>da</strong> a ganhar uma “licença para operar <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de” e, embora seja difícil rentabilizar, a per<strong>da</strong> do apoio <strong>da</strong>comuni<strong>da</strong>de pode, pelo contrário, significar o fim <strong>da</strong>s operações”. (WBCSD, 2008).C a p í t u l o 2 ∙ pá g i n a 6 4

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