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A Economia dos Ecossistemas e da Biodiversi - CNI

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T E E B P A R A O S E T O R D E N E G Ó C I O SA ampliação de processos corporativos de avaliação e gestão de riscos com o objetivo de contemplar a biodiversi<strong>da</strong>dee os ecossistemas tem sido geralmente embuti<strong>da</strong> em processos existentes, inclusive registros de riscos,avaliações de impactos ambientais (AIA) e sistemas de gestão ambiental. Estes frequentemente enfatizam determina<strong>dos</strong>estágios de alto impacto no ciclo de vi<strong>da</strong> do projeto (Figura 4.2), como, por exemplo, os estágios iniciais,quando os custos podem ser mais baixos e as respostas mais flexíveis. As empresas de agronegócios, no entanto,gerenciam os riscos regularmente durante todo o ciclo de vi<strong>da</strong> do projeto, inclusive quando o projeto entra emoperação. Algumas empresas descobrem que seus maiores riscos estão associa<strong>dos</strong> à prospecção de matériasprimase, assim, desenvolvem sistemas de gestão <strong>da</strong> cadeia de fornecimento para mitigar também esses riscos.Figura 4.2 O ciclo de vi<strong>da</strong> do projeto extrativistaExploração eDescobertaConstruçãoTérmino e AçõesCorretivas1 2 3 4 5 6PlanejamentoEstratégicoAvaliação eViabili<strong>da</strong>deOperaçõesFonte: Conservation International (2010)A implementação de processos formais de valoração para avaliar os impactos e benefícios de curto prazo relativamenteaos impactos e benefícios de longo prazo <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de, é um conceito relativamente novo, tantopara a empresa como para as comuni<strong>da</strong>des locais. Na maioria <strong>dos</strong> casos, as ferramentas de gestão de riscoexistentes não contemplam adequa<strong>da</strong>mente os riscos <strong>da</strong> per<strong>da</strong> <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de e <strong>dos</strong> ecossistemas, uma vezque focalizam primordialmente os impactos mais próximos e têm dificul<strong>da</strong>de para capturar impactos que poderiamafetar a paisagem mais ampla. Várias plataformas nos setores de petróleo e gás e mineração desenvolveramorientações adicionais para a integração <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de a sistemas de gestão (EBI, 2003; IPIECA e OGP, 2005;Johnson, 2006). Muitas normas de certificação desenvolvi<strong>da</strong>s nos setores de agricultura, pesca, aquicultura eflorestas incluem princípios, critérios e indicadores de biodiversi<strong>da</strong>de.Quando os valores <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de e <strong>dos</strong> ecossistemas não são adequa<strong>da</strong>mente considera<strong>dos</strong> na avaliação egestão de riscos (devido a legislações fracas, ausência de conscientização pública ou de conhecimentos científicos,por exemplo), a valoração econômica pode atuar como ferramenta importante na identificação e gestão deriscos correlatos. Uma lacuna crítica para as empresas é o fato de que muitas <strong>da</strong>s abor<strong>da</strong>gens para a valoração<strong>dos</strong> serviços <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de e <strong>dos</strong> ecossistemas não têm sido adequa<strong>da</strong>mente padroniza<strong>da</strong>s ou personaliza<strong>da</strong>s<strong>da</strong> mesma forma. Por exemplo, pesquisas de biodiversi<strong>da</strong>de e a ciência <strong>da</strong> avaliação são diluí<strong>da</strong>s em méto<strong>dos</strong>ou normas de avaliação de impactos ambientais.As abor<strong>da</strong>gens corporativas de gestão de riscos tendem a gerenciar os riscos segundo uma hierarquia concebi<strong>da</strong>para evitar, na medi<strong>da</strong> do possível, os impactos de maior risco, e minimizar e mitigar aqueles que não podemser evita<strong>dos</strong> (BBOP, 2009). A hierarquia de mitigação é inerentemente adequa<strong>da</strong> à gestão <strong>dos</strong> riscos <strong>da</strong> per<strong>da</strong><strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de e <strong>dos</strong> ecossistemas, uma vez que permite às empresas considerar opções para a gestão deC a p í t u l o 4 ∙ pá g i n a 1 4 5

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