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Plano de Contingência Nacional do Sector da Saúde para a ...

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Medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> públicaCarlos Daniel Pinheiro 1 , António Mota Miran<strong>da</strong> 2Eduar<strong>do</strong> Duarte 3 , Lúcio Meneses <strong>de</strong> Almei<strong>da</strong> 4Ana Cristina Garcia 5 , Maria <strong>da</strong> Graça Freitas 6IntroduçãoHá três pressupostos necessários à emergência <strong>de</strong> um vírus <strong>da</strong> gripe pandémico: acirculação <strong>de</strong> um novo subtipo <strong>de</strong> vírus <strong>da</strong> gripe, a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> este provocar <strong>do</strong>ençano Homem e a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> sua transmissão eficaz pessoa-a-pessoa. Relativamenteao vírus <strong>da</strong> gripe A(H5N1), à <strong>da</strong>ta, só o terceiro pressuposto não se verifica. Sen<strong>do</strong>, noentanto, possível que este, ou outro vírus, venha a adquirir capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> transmissãopessoa-a-pessoa eficaz, seja por mutação a<strong>da</strong>ptativa, seja por recombinação genéticaresultante <strong>da</strong> co-infecção <strong>de</strong> um hospe<strong>de</strong>iro por um vírus <strong>da</strong> gripe <strong>de</strong> origem humana eoutro <strong>de</strong> origem aviária, a ameaça pandémica é consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> real por to<strong>do</strong>s os organismosinternacionais e, em particular, pela Organização Mundial <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> (OMS).De acor<strong>do</strong> com a classificação <strong>da</strong> OMS, <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2005, resultante <strong>de</strong> uma avaliaçãoglobal <strong>de</strong> risco, o Mun<strong>do</strong> encontra-se na fase 3 <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> alerta pandémico.Mais recentemente, em 1 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2006, o Centro Europeu <strong>de</strong> Prevenção eControlo <strong>de</strong> Doenças (European Centre for Disease Prevention and Control - ECDC)consi<strong>de</strong>rou a hipótese <strong>de</strong> uma pan<strong>de</strong>mia por vírus <strong>da</strong> gripe vir a acontecer, admitin<strong>do</strong>,contu<strong>do</strong>, po<strong>de</strong>r a sua origem não ser o vírus <strong>da</strong> gripe A(H5N1).Na situação actual, a infecção por vírus A(H5N1) traduz-se por uma panzootia (“epi<strong>de</strong>mia”animal à escala global), com, pelo menos, três continentes afecta<strong>do</strong>s (Ásia,Europa e África), e por casos esporádicos em seres humanos (transmissão zoonótica),sem evidência <strong>de</strong> transmissão pessoa-a-pessoa eficaz.Perante o cenário <strong>de</strong> uma epizootia <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> escala, aumentam, naturalmente,as oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> exposição <strong>de</strong> seres humanos a aves <strong>do</strong>mésticas ou a outrosanimais infecta<strong>do</strong>s. Há, no entanto, a reconhecer que, não obstante ter havi<strong>do</strong> umavasta população, essencialmente <strong>do</strong> Su<strong>de</strong>ste e Este Asiáticos, com história <strong>de</strong> exposiçãoao vírus A(H5N1) <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1997, só um pequeno número contraiu a <strong>do</strong>ença(a nível mundial, i<strong>de</strong>ntificaram-se, à <strong>da</strong>ta – Março <strong>de</strong> 2007 –, quase três centenas<strong>de</strong> casos), o que atesta a dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> transmissão <strong>do</strong> vírus <strong>do</strong> animal ao homem. Ofacto <strong>da</strong> letali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>do</strong>ença ultrapassar os 50% merece, por si só, a atenção <strong>da</strong>sautori<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> em to<strong>do</strong> o Mun<strong>do</strong>._______________________________________________________________________________________________________________1Chefe <strong>de</strong> Serviço <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública, Centro Regional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública <strong>do</strong> Norte. Co-responsável por este <strong>Plano</strong> Específico.2Chefe <strong>de</strong> Serviço <strong>de</strong> Infecciologia, Hospital <strong>de</strong> São João. Co-responsável por este <strong>Plano</strong> Específico.3Chefe <strong>de</strong> Serviço <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública, Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Celas. Colaboração.4Assistente <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública, Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Oliveira <strong>do</strong> Hospital. Colaboração.5Assistente Gradua<strong>da</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública, Direcção-Geral <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Organização e coor<strong>de</strong>nação <strong>da</strong> edição.6Chefe <strong>de</strong> Serviço <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública, Direcção-Geral <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Organização e coor<strong>de</strong>nação <strong>da</strong> edição.planos específicos - medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública135

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