11.07.2015 Views

Plano de Contingência Nacional do Sector da Saúde para a ...

Plano de Contingência Nacional do Sector da Saúde para a ...

Plano de Contingência Nacional do Sector da Saúde para a ...

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>de</strong> urgência. O absentismo em múltiplos sectores, causa<strong>do</strong> pela <strong>do</strong>ença <strong>do</strong>s profissionais,pela <strong>do</strong>ença <strong>do</strong>s membros <strong>da</strong> família, por receios <strong>de</strong> contágio e por eventuaismedi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública, <strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s a limitar o contacto com os outros, po<strong>de</strong>ameaçar a activi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> infra-estruturas e <strong>de</strong> serviços essenciais, os movimentos <strong>de</strong>pessoas e <strong>de</strong> bens e a operacionali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s instituições que garantem a economia, asegurança nacional e o funcionamento básico <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>.Apesar <strong>do</strong>s avanços consegui<strong>do</strong>s no diagnóstico, prevenção e tratamento <strong>da</strong>s <strong>do</strong>ençasinfecciosas, as instituições estão insuficientemente pre<strong>para</strong><strong>da</strong>s <strong>para</strong> enfrentare conter uma possível pan<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> gripe.Tal como num caso <strong>de</strong> propagação <strong>de</strong>libera<strong>da</strong> <strong>de</strong> um microrganismo infeccioso, emque o agressor o po<strong>de</strong>ria disseminar múltiplas vezes e em locais diversos, o <strong>Plano</strong><strong>de</strong> <strong>Contingência</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong>ve configurar um plano <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa contra uma guerra enão contra um ataque ou batalhas isola<strong>da</strong>s, isto é, <strong>de</strong>ve contemplar medi<strong>da</strong>s <strong>para</strong>enfrentar sucessivas on<strong>da</strong>s <strong>de</strong> gripe.Mesmo assumin<strong>do</strong> que a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> instala<strong>da</strong> (reserva estratégica <strong>de</strong> medicamentos,equipamentos <strong>de</strong> protecção individual, recursos humanos e outros) é suficiente<strong>para</strong> conter a primeira on<strong>da</strong> pandémica, ca<strong>da</strong> nova on<strong>da</strong> encerra o risco <strong>de</strong> per<strong>da</strong> <strong>de</strong>eficiência, se não mesmo <strong>de</strong> falência, <strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s e recursos <strong>de</strong> contenção, <strong>de</strong> talforma que a vaga <strong>de</strong> gripe subsequente po<strong>de</strong> tornar-se ain<strong>da</strong> mais difícil <strong>de</strong> controlar<strong>do</strong> que a anterior.A gripe coloca riscos particulares nos estabelecimentos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Devi<strong>do</strong> ao seucurto perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> incubação e à eficiente propagação pessoa-a-pessoa, o vírus <strong>da</strong>gripe, em ambiente hospitalar, po<strong>de</strong> provocar surtos entre os <strong>do</strong>entes interna<strong>do</strong>spor outras causas. Esta população é, muitas vezes, mais vulnerável, por apresentarco-morbili<strong>da</strong><strong>de</strong>s, o que torna a gripe particularmente letal nos hospitais.Os profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> apresentam risco acresci<strong>do</strong> <strong>de</strong> contrair a <strong>do</strong>ença, porqueestão expostos às pessoas com gripe na comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> e aos <strong>do</strong>entes interna<strong>do</strong>s coma patologia. Quan<strong>do</strong> infecta<strong>do</strong>s, estes profissionais tornam-se uma importante fonte<strong>de</strong> transmissão <strong>para</strong> os <strong>do</strong>entes a quem prestam cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s, nomea<strong>da</strong>mente <strong>para</strong> osinterna<strong>do</strong>s em hospitais ou em instituições <strong>de</strong> acolhimento (lares, uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> cui<strong>da</strong><strong>do</strong>scontinua<strong>do</strong>s e outros).Deve salientar-se também que, durante as epi<strong>de</strong>mias e pan<strong>de</strong>mias <strong>de</strong> gripe, quan<strong>do</strong>a taxa <strong>de</strong> ataque é eleva<strong>da</strong>, mesmo uma frequência baixa <strong>de</strong> complicações po<strong>de</strong>rá tercomo consequência um acentua<strong>do</strong> aumento no número <strong>de</strong> <strong>do</strong>entes que necessitam<strong>de</strong> internamento.O Observatório <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (ONSA), <strong>do</strong> Instituto <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Dr. Ricar<strong>do</strong>Jorge (INSA), <strong>de</strong>senvolveu cenários 11 que, com base em estimativas <strong>de</strong> incidência,duração e gravi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>do</strong>ença, <strong>de</strong>screvem as características que a pan<strong>de</strong>mia po<strong>de</strong>rávir a ter em Portugal, incluin<strong>do</strong> o número <strong>de</strong> pessoas que po<strong>de</strong>rão ser interna<strong>da</strong>s nasdiferentes on<strong>da</strong>s <strong>da</strong> pan<strong>de</strong>mia.O planeamento pré-pandémico <strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s necessárias no sector <strong>do</strong> internamentorevela-se, assim, essencial, <strong>para</strong> garantir cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> contínuos e com quali<strong>da</strong><strong>de</strong>e <strong>para</strong> fazer face à propagação <strong>da</strong> gripe, incluin<strong>do</strong> a <strong>de</strong> transmissão nosocomial._______________________________________________________________________________________________________________11Disponível em: http://www.onsa.pt/conteu/gripan/est_pan<strong>de</strong>mia_onsa_relat-jul2006_pt.pdf208plano <strong>de</strong> contingência nacional <strong>do</strong> sector <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> <strong>para</strong> a pan<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> gripe

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!