11.07.2015 Views

Plano de Contingência Nacional do Sector da Saúde para a ...

Plano de Contingência Nacional do Sector da Saúde para a ...

Plano de Contingência Nacional do Sector da Saúde para a ...

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

gripe, um <strong>do</strong>s aspectos comuns a to<strong>da</strong>s é o aumento exponencial <strong>da</strong> incidência <strong>da</strong><strong>do</strong>ença, geralmente num curto intervalo <strong>de</strong> tempo, acompanha<strong>do</strong> <strong>de</strong> um aumento <strong>da</strong>procura <strong>de</strong> cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Mesmo no cenário mais favorável, uma pan<strong>de</strong>mia <strong>de</strong>gripe levará a um excesso <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> nas crianças, nos i<strong>do</strong>sos e em indivíduoscom <strong>do</strong>ença crónica subjacente.2.3. Cenários <strong>para</strong> uma eventual pan<strong>de</strong>miaApesar <strong>de</strong> não ser possível <strong>de</strong>terminar quan<strong>do</strong> irá ocorrer a próxima pan<strong>de</strong>mia <strong>de</strong>gripe, é fun<strong>da</strong>mental o planeamento <strong>de</strong> medi<strong>da</strong>s e intervenções <strong>para</strong> fazer face àssuas potenciais consequências.Numa perspectiva <strong>de</strong> apoio ao planeamento <strong>para</strong> uma eventual pan<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> gripe,o Observatório <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (ONSA) elaborou cenários pandémicos 30 com ospossíveis efeitos que a pan<strong>de</strong>mia po<strong>de</strong>rá produzir em Portugal, em termos <strong>de</strong> morbili<strong>da</strong><strong>de</strong>,<strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong> utilização <strong>do</strong>s recursos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Como o <strong>do</strong>cumento <strong>do</strong>ONSA explicita, não se trata <strong>de</strong> prever o que vai acontecer (porque o impacte seráfrancamente influencia<strong>do</strong> pelas próprias características <strong>do</strong> vírus e pelas medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong>prevenção e controlo que vierem a ser a<strong>do</strong>pta<strong>da</strong>s), mas apenas fornecer uma base<strong>para</strong> o processo <strong>de</strong> planeamento.Por outro la<strong>do</strong>, os cenários são dinâmicos, haven<strong>do</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se proce<strong>de</strong>r àsua actualização, à medi<strong>da</strong> que os conhecimentos sobre uma eventual pan<strong>de</strong>miaforem evoluin<strong>do</strong>.Critérios selecciona<strong>do</strong>s na elaboração <strong>do</strong>s cenários pelo ONSAOs cenários foram elabora<strong>do</strong>s assumin<strong>do</strong> que a pan<strong>de</strong>mia evoluiria em duas on<strong>da</strong>s,<strong>de</strong>siguais e não contínuas, a primeira <strong>de</strong> menor intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> e ambas com oito semanas<strong>de</strong> duração.Consi<strong>de</strong>rou-se que, numa eventual pan<strong>de</strong>mia, a incidência aumentará e diminuiráprogressivamente antes e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> on<strong>da</strong>. Assim, <strong>para</strong> além <strong>da</strong>s oito semanascorrespon<strong>de</strong>ntes a ca<strong>da</strong> on<strong>da</strong>, foram consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s quatro semanas adicionais(duas antes e duas <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> on<strong>da</strong>), perfazen<strong>do</strong> um total <strong>de</strong> <strong>do</strong>ze semanas(84 dias). Naquelas quatro semanas, a taxa <strong>de</strong> incidência semanal será igual ouinferior a 50 casos por 100 000 habitantes (consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> a linha <strong>de</strong> base <strong>para</strong> umaepi<strong>de</strong>mia sazonal).Foram consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s três níveis <strong>de</strong> impacte (mínimo, provável e máximo) e taxas <strong>de</strong>ataque (indivíduos com manifestações clínicas) <strong>de</strong> 10% <strong>para</strong> a primeira on<strong>da</strong> e <strong>de</strong>20%, 25% ou 30% <strong>para</strong> a segun<strong>da</strong> on<strong>da</strong>.O painel <strong>de</strong> peritos consulta<strong>do</strong> consi<strong>de</strong>rou que, no global <strong>da</strong> pan<strong>de</strong>mia, po<strong>de</strong>ria ocorreruma taxa <strong>de</strong> ataque <strong>de</strong> 30%, 35% ou 40% (10%+20%, 10%+25% ou 10%+30%).A curva epidémica foi elabora<strong>da</strong> <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com uma distribuição normal, com o picoentre a 6. a e a 7. a semanas, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> as <strong>do</strong>ze semanas, que correspon<strong>de</strong>m às4. a e 5. a semanas <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> on<strong>da</strong> <strong>de</strong> oito semanas (Figura 13)._______________________________________________________________________________________________________________30Documento disponível em: http://www.onsa.pt/conteu/gripan/est_pan<strong>de</strong>mia_onsa_relat-jul2006_pt.pdf (Janeiro<strong>de</strong> 2007).enquadramento epi<strong>de</strong>miológico47

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!