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Plano de Contingência Nacional do Sector da Saúde para a ...

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As máscaras cirúrgicas e os respira<strong>do</strong>res <strong>de</strong> partículas <strong>de</strong>sempenham um papelimportante no controlo <strong>da</strong>s infecções transmiti<strong>da</strong>s por via aérea. O seu uso recomen<strong>da</strong>-se<strong>de</strong> forma particular nas uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s presta<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,quer aos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e outros presta<strong>do</strong>res directos <strong>de</strong> cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s, queraos <strong>do</strong>entes, com o objectivo <strong>de</strong> reduzir a transmissão nosocomial. Para os profissionais<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e outros presta<strong>do</strong>res <strong>de</strong> cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s, é ain<strong>da</strong> recomendável a utilização<strong>de</strong> outros equipamentos <strong>de</strong> protecção individual (luvas, batas, touca <strong>para</strong>cabelo, avental, protectores oculares, calça<strong>do</strong> próprio - em áreas restritas -, entreoutros).No que diz respeito aos <strong>do</strong>entes com gripe, as recomen<strong>da</strong>ções apontam <strong>para</strong> o uso <strong>de</strong>máscaras cirúrgicas também na comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, em qualquer fase <strong>da</strong> activi<strong>da</strong><strong>de</strong> gripal,quan<strong>do</strong> haja contacto próximo (distância inferior a 1 metro) com outras pessoas.Quanto ao público em geral, não existe evidência firme <strong>de</strong> que o uso universal <strong>de</strong> máscarascirúrgicas possa contribuir <strong>para</strong> a redução <strong>da</strong> transmissão <strong>do</strong> vírus <strong>da</strong> gripe. Durantea epi<strong>de</strong>mia <strong>da</strong> SRA, os resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> alguns estu<strong>do</strong>s observacionais sugeriramfraca evidência quanto ao seu efeito protector <strong>para</strong> os utiliza<strong>do</strong>res. É, assim, difíciltomar uma posição fun<strong>da</strong>menta<strong>da</strong> quanto à utilização generaliza<strong>da</strong> <strong>de</strong>ste equipamento,tanto mais que o seu uso in<strong>de</strong>vi<strong>do</strong> não é isento <strong>de</strong> riscos. Por exemplo, a utilização <strong>de</strong>máscaras cirúrgicas húmi<strong>da</strong>s ou molha<strong>da</strong>s po<strong>de</strong> ter o efeito inverso, isto é, aumentaro risco <strong>de</strong> infecção. Por outro la<strong>do</strong>, ain<strong>da</strong>, alguns peritos receiam que a sua utilização<strong>de</strong>smotive <strong>para</strong> a a<strong>do</strong>pção <strong>de</strong> medi<strong>da</strong>s seguramente eficazes, como são as <strong>de</strong> higienegeral e respiratória ou <strong>do</strong> auto-isolamento nas fases precoces <strong>da</strong> <strong>do</strong>ença.Assim, e face à inexistência <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s cientificamente controla<strong>do</strong>s que avaliem asua efectivi<strong>da</strong><strong>de</strong> na prevenção <strong>da</strong> gripe, o uso <strong>da</strong> máscara cirúrgica por to<strong>da</strong> a populaçãonão é geralmente recomen<strong>da</strong><strong>do</strong>. Segun<strong>do</strong> a OMS, na comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, o recurso aoreferi<strong>do</strong> equipamento é “permiti<strong>do</strong> mas não encoraja<strong>do</strong>”. A mesma posição é segui<strong>da</strong>por outras enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s internacionais, como o ECDC. É compreensível que, em situação<strong>de</strong> pan<strong>de</strong>mia, um eleva<strong>do</strong> número <strong>de</strong> pessoas se sinta mais protegi<strong>do</strong> se usareste tipo <strong>de</strong> máscara, especialmente em lugares públicos, que propiciem um contactopróximo, como é o caso <strong>do</strong>s transportes públicos ou <strong>do</strong>s locais <strong>de</strong> atendimento<strong>do</strong> público, em que há interacção directa entre profissionais e o público.No que respeita às medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> distanciamento social, a fun<strong>da</strong>mentação <strong>para</strong> a suaa<strong>do</strong>pção resi<strong>de</strong> no facto <strong>de</strong> lhes estar associa<strong>da</strong> uma menor probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> contactoentre pessoas infecta<strong>da</strong>s e pessoas susceptíveis.O isolamento precoce <strong>do</strong>s <strong>do</strong>entes, geralmente em casa, assim que iniciam um quadroclínico compatível com gripe, é recomen<strong>da</strong><strong>do</strong>, essencialmente por se revestir <strong>de</strong> claraplausibili<strong>da</strong><strong>de</strong> científica, começan<strong>do</strong> a haver estu<strong>do</strong>s que o indicam.No perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> alerta pandémico (fases 3, 4 e 5), as Orientações Técnicas (OT) 8 referemque o <strong>do</strong>ente <strong>de</strong>ve ficar isola<strong>do</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o momento <strong>da</strong> suspeita <strong>de</strong> infecção pornovo subtipo viral e, se houver indicação, ser observa<strong>do</strong> e eventualmente interna<strong>do</strong>em hospital <strong>de</strong> referência 9 (<strong>Plano</strong>s Específicos <strong>de</strong> Cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> em Ambulatório_______________________________________________________________________________________________________________8Orientações Técnicas <strong>da</strong> DGS, disponíveis no site www.dgs.pt.9Os Hospitais <strong>de</strong> Referência selecciona<strong>do</strong>s <strong>para</strong> internamento <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> <strong>do</strong>ença humana provoca<strong>da</strong> pelo vírus<strong>da</strong> gripe A(H5N1), nas fases 3, 4 e 5, são: o Hospital <strong>de</strong> São João, no Porto (adultos e crianças), os Hospitais<strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra (adultos), em Coimbra, o Hospital <strong>de</strong> Curry Cabral, em Lisboa (adultos) e o HospitalPediátrico <strong>de</strong> Dona Estefânia, também em Lisboa (crianças).planos específicos - medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública141

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