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Plano de Contingência Nacional do Sector da Saúde para a ...

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Quadro III. Características fun<strong>da</strong>mentais <strong>da</strong>s pan<strong>de</strong>mias <strong>de</strong> gripe <strong>de</strong> 1918 e 1957Características 1918 1957Origem Europa (Brest) Ásia - Norte <strong>da</strong> ChinaEntra<strong>da</strong> em Portugal Por terra Por marInício Fins <strong>de</strong> Maio Princípios <strong>de</strong> AgostoAcmé 1.ª on<strong>da</strong>: Junho; 2.ª on<strong>da</strong>: Outubro OutubroDisseminação To<strong>do</strong> o País To<strong>do</strong> o PaísDifusão Rápi<strong>da</strong> Rápi<strong>da</strong>Duração <strong>da</strong> epi<strong>de</strong>mia Dois meses por on<strong>da</strong> Dois mesesMortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por %000 962,8 12,7Distribuição <strong>da</strong>s mortes Maior incidência nos grupos Maior incidência nos grupos etáriosetários <strong>do</strong>s 20-40 anos<strong>do</strong>s 0-4 anos e superiores a 70 anosFonte: Sampaio A, 1959 26 (reprodução integral).A pan<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> 1968-1969 - gripe <strong>de</strong> Hong Kong -, causa<strong>da</strong> por vírus A(H3N2), teveorigem na China. Foi aquela em que se verificou uma mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> mais baixa (cerca <strong>de</strong>um milhão <strong>de</strong> mortes, a nível mundial) e em que a <strong>do</strong>ença se apresentou clinicamentemais ligeira, o que se pensa ter resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> protecção parcial conferi<strong>da</strong> pelas pan<strong>de</strong>miasanteriores, pelo menos <strong>para</strong> parte <strong>da</strong> população. Esta pan<strong>de</strong>mia em Portugalnão constituiu excepção, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> mais benigna, em com<strong>para</strong>ção com as que aantece<strong>de</strong>ram no mesmo século.2. A próxima pan<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> gripeAlgumas <strong>da</strong>s possíveis características <strong>da</strong> próxima pan<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> gripe po<strong>de</strong>m sersugeri<strong>da</strong>s pelo conhecimento que foi sen<strong>do</strong> adquiri<strong>do</strong> relativamente a este fenómenoepi<strong>de</strong>miológico.Assim, sabe-se que, apesar <strong>de</strong> inevitáveis, as pan<strong>de</strong>mias <strong>de</strong> gripe são sempre acontecimentosimprevisíveis, não só em termos <strong>de</strong> morbili<strong>da</strong><strong>de</strong>, mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> e padrões<strong>de</strong> propagação, como em relação a quan<strong>do</strong> irão ocorrer. Ao contrário <strong>da</strong>s epi<strong>de</strong>mias<strong>de</strong> gripe <strong>do</strong>s perío<strong>do</strong>s interpandémicos, que têm características sazonais, as pan<strong>de</strong>mias<strong>de</strong> gripe po<strong>de</strong>m surgir em qualquer altura <strong>do</strong> ano.Actualmente, estão cumpri<strong>da</strong>s duas <strong>da</strong>s três condições essenciais <strong>para</strong> a ocorrência<strong>de</strong> uma pan<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> gripe:a) A emergência <strong>de</strong> um novo subtipo <strong>de</strong> vírus <strong>para</strong> o qual a população tem poucaou nenhuma imuni<strong>da</strong><strong>de</strong> (o subtipo H5N1);b) A capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> o novo subtipo viral se replicar em seres humanos e <strong>de</strong> provocar<strong>do</strong>ença grave (casos <strong>de</strong> gripe <strong>de</strong> transmissão zoonótica em pessoas).Falta concretizar-se a terceira condição, que é a <strong>de</strong> o vírus adquirir a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>transmissão eficaz <strong>de</strong> pessoa a pessoa.enquadramento epi<strong>de</strong>miológico45

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