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REVISTA_DO_INSTITUTO_GEOGRAFICO_E_HISTOR

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do a nossa primorosa costa em 1808, temos Portugal deixada debaixo<br />

da influência britânica. Mesmo porque a invasão francesa continuava<br />

senhora do Portugal continental e, por ali, os ingleses e seus aliados<br />

começariam uma grande guerra de expulsão das tropas napoleônicas.<br />

Essas duas modernizações do Exército português ficaram demonstradas<br />

nos seus textos e uniformes de infantaria e cavalaria, tudo<br />

trazido ao Brasil, nos diversos enfrentamentos com o exército espanhol.<br />

A primeira modernização, influenciada pelos germânicos, liderados<br />

pelo Conde de Schaumburg-Lippe. No exército, mais tarde foi criado o<br />

grande texto do General Zagallo e o outro sob os cuidados do general<br />

britânico Beresford, durante as guerras napoleônicas, ambos, trabalhos<br />

que formavam as táticas portuguesas. Essas, portanto, eram as táticas<br />

adotadas pelo nosso Exército da Independência.<br />

Enfim, isso tudo gerou uma grande influência no uniforme de caçadores<br />

e uso do fuzil Baker, pois tínhamos novos batalhões de caçadores<br />

influenciados pelo exército britânico. Na Bahia, nas mãos dos integrantes<br />

de nosso patriótico 3 0 Batalhão de Infantaria (caçadores), os Periquitos,<br />

comandados pelo major José Antônio da Silva Castro, tivemos uma companhia<br />

de mulheres atiradoras, comandadas pela celebrada, até os dias<br />

de hoje, a tenente Maria Quitéria de Jesus. A combatente que, após o fim<br />

da campanha na Bahia, foi ao Rio de Janeiro onde recebeu das mãos de<br />

nosso primeiro Imperador, em suma, um militaris Imperatoris, D. Pedro<br />

I, uma condecoração. A condecoração que aparece no uniforme de Maria<br />

Quitéria, retratado em meio às páginas do Journal de Maria Graham.<br />

No Exército Imperial do Brasil, sabemos de poucos Baker, adquiridos<br />

no tempo do Primeiro Reinado. Em uma das poucas edições<br />

(digital) que tratam desse assunto, falando da História de nosso Brasil, 9<br />

fala-se da aquisição de apenas 25 fuzis Baker entre 1822 e 1831! Ainda<br />

trataremos com mais cuidado dessa informação.<br />

É por isso que temos de levar a sério o grande espírito de combate<br />

de Maria Quitéria, incluindo um pequeno destacamento de mulheres por<br />

ela comandado. Desse destacamento, existe a história de um severo ataque<br />

num dos acampamentos portugueses e, nesse combate, diversos fuzis<br />

9<br />

www.littlegun.be – www.littlegun.info<br />

114 | Rev. IGHB, Salvador, v. 108, p. 107/119, jan./dez. 2013

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