REVISTA_DO_INSTITUTO_GEOGRAFICO_E_HISTOR

versidade Federal da Bahia, em 1946, e federalizada em 1986. Edifício
que é hoje a sede da Ordem dos Advogados do Brasil, seção da Bahia.
Assim, preserva-se a nossa secular tradição jurídica que remonta à criação
filipina do primeiro tribunal brasileiro, em 1604.
Ambas as construções, Instituto e Faculdade de Direito, foram
custeadas por subscrição popular por inciativa pessoal do secretário geral
do Instituto. Bernardino nunca ambicionou a presidência desta casa,
informa a nossa presidente Consuelo Pondé de Sena (2010), organizadora
de uma notável coletânea sobre a vida e obra do múltiplo Bernardino.
Dentre os muitos alunos, destaca-se Pedro Calmon. Bernardino foi
decisivo na sua carreira. (1995, p. 60-61).
Louvemos a exemplar institucionalização da corporativa “Medalha
Bernardino de Souza, secretário do IGHBA”, pela presidente
Consuelo Pondé de Sena (2013). Mais uma realização da sua gestão.
A insígnia foi desenhada por Vitor Hugo Carneiro Lopes, perfilhado na
melhor tradição da heráldica germânica, trazida para a Bahia pelo irmão
Paulo Lachenmayer, da Ordem de Nosso Pai São Bento.
Juntamente com essa medalha, mais duas outras insígnias corporativas
enriquecem o patrimônio espiritual do reconhecimento: a Medalha
Arlindo Fragoso, fundador da Academia de Letras da Bahia, e a
Medalha Isaias Alves, da Academia de Educação da Bahia. Todas as
três foram por mim encomendadas e doadas às três instituições com a
melhor acolhida pelas respectivas diretorias.
Como curador da Medalha Edgard Santos, da Universidade Federal
da Bahia, congratulo-me com o Instituto pela criação da insígnia.
Cumprimento pela outorga ao presidente do Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro, professor Arno Wehling; ao nosso presidente de
honra, professor Roberto Figueira Santos, expressão maior de nossa
cultura; ao historiador e decano do Casa; professor Luís Henrique Dias
Tavares; à bibliotecária Esmeralda Maria Aragão, referência de liderança
na biblioteconomia na Bahia; e ao sócio benemérito, professor José
Nilton Pereira Carvalho. Se possuímos prêmios e distinções são para
serem outorgados aos que merecem, gratificando e não punindo com
silêncio circunstanciado.
310 | Rev. IGHB, Salvador, v. 108, p. 303/312, jan./dez. 2013