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O farmacêutico na assistência<br />

farmacêutica do SUS: diretrizes para ação<br />

CAPÍTULO 4<br />

Gestão da assistência farmacêutica no SUS: uma abordagem<br />

estratégica e orientada para resultados<br />

De maneira geral, a gestão estratégica contempla algumas etapas e atividades<br />

a serem realizadas e coordenadas pela alta gestão (WRIGHT; KROLL; PARNELL,<br />

1997):<br />

a) Analisar oportunidades e ameaças ou limitações que existem no ambiente<br />

externo;<br />

b) Analisar os pontos fortes e fracos de seu ambiente interno;<br />

c) Estabelecer a missão organizacional e os objetivos gerais;<br />

d) Formular estratégias [...] que permitam à organização combinar os pontos<br />

fortes e fracos da organização com as oportunidades e ameaças do<br />

ambiente;<br />

e) Implantar as estratégias; e<br />

f) Realizar atividades de controle estratégico para assegurar que os objetivos<br />

gerais da organização sejam atingidos.<br />

Assim, este modelo busca integrar, de forma sinérgica, estratégia, organização<br />

e ambiente, num processo que visa a constante compatibilização desse ambiente<br />

externo com os meios e as competências internas, de forma a garantir a<br />

sustentabilidade presente e futura da organização e dos seus projetos. O modelo,<br />

ainda, apoia a tomada de decisões gerenciais nas análises estratégicas feitas e refeitas<br />

permanentemente, sobre o conjunto do plano e das ações em curso, sobre<br />

a realidade política, social e econômica, assim como apoia-se, fortemente, nas<br />

informações obtidas pelo monitoramento e pela avaliação intensivos de todas as<br />

atividades implementadas.<br />

Trata-se, portanto, de um modelo que tem forte correlação com a desafiadora<br />

realidade da gestão no SUS. O setor saúde enfrenta hoje um ambiente externo<br />

turbulento, confuso e de muitas cobranças por melhorias e avanços. Conforme já<br />

descrito, são diversos os fatores que tornam a gestão dessa área extremamente<br />

complexa e colocam as organizações de saúde e seus serviços entre aqueles com<br />

pior avaliação e de maior cobrança pelo cidadão brasileiro.<br />

No caso específico da assistência farmacêutica no SUS, além dos desafios<br />

já apresentados, são muitas as variáveis a serem manejadas, de maneira<br />

sistêmica e estratégica (ou não), pelos seus gestores e gerentes. Merecem<br />

destaque: as particularidades institucionais e regionais; o arranjo federativo<br />

do Brasil, que dificulta a descentralização da gestão e a coordenação das<br />

ações dos três entes; a diversidade de interesses de grupos e indivíduos,<br />

num contexto de diferente distribuição de recursos e de poder, com disputas<br />

e descontinuidades políticas que geram descontinuidades administrativas.<br />

Somam-se a essas variáveis, as mudanças tecnológicas, tanto na biomedicina<br />

como na telemática que, diferente do que acontece em outras áreas, onde se<br />

verificam esses mesmos avanços, no setor saúde, acarretam grande elevação<br />

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