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CAPÍTULO 9<br />

O papel do farmacêutico nas Redes de Atenção à Saúde<br />

O farmacêutico na assistência<br />

farmacêutica do SUS: diretrizes para ação<br />

No sistema de governança da RAS, cabe à assistência farmacêutica (DAF/MS,<br />

2011):<br />

• Apoiar a Governança das RAS por meio de informações e indicadores<br />

de assistência farmacêutica, de forma que contribuam no diagnóstico,<br />

monitoramento, avaliação e qualificação dos serviços farmacêuticos;<br />

• Desenvolver instrumentos que auxiliem na organização, agilização e<br />

qualificação da gestão da assistência farmacêutica;<br />

• Apoiar iniciativas que contribuam para implantação de processos de certificação<br />

de acreditação da assistência farmacêutica nas RAS.<br />

As ações do farmacêutico, seja como integrante ou como referência das<br />

equipes de saúde, e com os profissionais da atenção secundária e terciária, devem<br />

ter por objetivo o cuidado integral do usuário, e não somente o acesso aos<br />

medicamentos. A implantação dos serviços clínicos do farmacêutico é de grande<br />

importância para o tratamento, em especial das doenças crônicas. Garantir o uso<br />

correto, identificar ineficácia, reações adversas, assim como resolver os problemas<br />

relacionados aos medicamentos no tempo oportuno é essencial para a organização<br />

de uma RAS voltada para as condições crônicas.<br />

A farmácia pública, quando bem estruturada, pode ser um importante elo,<br />

estabelecendo a comunicação entre a atenção secundária e a APS. Quando um<br />

usuário é encaminhado para uma consulta ao especialista, é comum que este assuma,<br />

definitivamente, o cuidado (MENDES, 2010). No entanto, os medicamentos<br />

são comumente retirados na farmácia mais próxima da casa do usuário. Essas visitas<br />

à farmácia, geralmente, são mensais, e são uma ótima oportunidade para<br />

avaliar o uso dos medicamentos. O farmacêutico deve trabalhar a referência e a<br />

contrarreferência com os profissionais dos diversos níveis de atenção, a fim de<br />

orientar e uniformizar a terapêutica do usuário.<br />

Para isso, é preciso que o profissional esteja presente nas farmácias dos serviços<br />

de saúde e que sua atuação não esteja centrada somente nos aspectos logísticos<br />

da gestão da assistência farmacêutica.<br />

Nessa lógica de atendimento nas RAS, é preciso repensar a estrutura dos serviços<br />

farmacêuticos. Quais as vantagens de trabalhar com um serviço centralizado<br />

de dispensação de medicamentos? E quais as vantagens e desvantagens de um<br />

serviço descentralizado?<br />

Para Mendes (2002 apud MENDES, 2010), os serviços que devem ser ofertados<br />

de forma dispersa (descentralizada) são aqueles que se beneficiam menos da<br />

economia de escala 1 , para os quais há recursos suficientes e, em relação aos quais,<br />

a distância é fator fundamental para a acessibilidade. Já, os serviços que devem<br />

1. Economia de escala é aquela que organiza o processo produtivo, de maneira que se alcance a máxima utilização dos fatores produtivos<br />

envolvidos no processo, procurando como resultado baixos custos de produção e incremento de bens e serviços.<br />

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