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CAPÍTULO 5<br />

Avaliação da assistência farmacêutica<br />

O farmacêutico na assistência<br />

farmacêutica do SUS: diretrizes para ação<br />

como um aliado da assistência farmacêutica; a atual informalidade em que a gestão<br />

se encontra, sem entender a importância da institucionalização dos processos<br />

e serviços; e o papel do farmacêutico como gestor. Os resultados da avaliação<br />

proposta geraram subsídios para a melhoria da gestão da assistência farmacêutica<br />

no Estado, já que os profissionais que atuam na área, ao se apropriarem desses<br />

resultados, obtiveram mais instrumentos e argumentos para a negociação com os<br />

gestores (MANZINI, 2013; MENDES, 2013).<br />

As avaliações elaboradas pela academia produzem referencial teórico importante<br />

para subsidiar e orientar as avaliações no cotidiano dos serviços. A parceria<br />

entre o ensino e o serviço pode contribuir no desenvolvimento de avaliações.<br />

A depender do objeto escolhido, o recorte da avaliação realizado é distinto,<br />

uma vez que podemos avaliar o serviço da Central de Abastecimento Farmacêutica,<br />

a dispensação dos medicamentos na unidade de saúde ou a assistência farmacêutica<br />

do município, por exemplo. Ao determinar um objeto para ser avaliado, é<br />

fundamental analisar qual é a governabilidade que se tem sobre ele.<br />

O objeto a ser avaliado determinará os direcionamentos da avaliação. Mais<br />

do que isso, o entendimento que se tem do objeto avaliado influenciará o processo<br />

de avaliação. Por exemplo, se uma simples entrega do medicamento for realizada<br />

na dispensação, e esse for o propósito da ação, a avaliação será construída<br />

com base nessa finalidade. Quando o serviço é desenvolvido com uma concepção<br />

ampliada de dispensação, considerando aspectos sociais e políticos; reconhecendo<br />

as necessidades do usuário, a importância da relação com a equipe de saúde,<br />

em especial com os prescritores, a adequada estrutura física da assistência farmacêutica,<br />

entre outros fatores, a avaliação incorporará esses aspectos e apresentará<br />

indicadores também ampliados, e que possam gerar uma resposta adequada para<br />

a tomada de decisão.<br />

Ao finalizar uma avaliação e compreender os resultados obtidos, mesmo não<br />

tendo a solução para todos os problemas evidenciados, a avaliação deve ser estimulada.<br />

É necessário estabelecer as metas e os objetivos do serviço, e saber aonde<br />

se que chegar. Elencar os objetivos mais próximos de serem alcançados até os<br />

considerados mais difíceis ou longe do nosso alcance imediato, ou seja, despertar<br />

para saber aonde chegar – só assim é possível identificar o avanço (LEITE et al.,<br />

2014).<br />

Para superar a concepção minimalista de assistência farmacêutica, ainda<br />

encontrada nos serviços, reduzida ao fornecimento do produto medicamento, é<br />

preciso que se faça uma reflexão sobre qual é o objetivo desse serviço e qual é a<br />

expectativa da população em relação à assistência farmacêutica, o que ela espera<br />

dos serviços prestados pelo farmacêutico. Se a expectativa da população for<br />

o recebimento do medicamento, por exemplo, ela estará satisfeita em receber<br />

o produto, mesmo que isso ocorra em um local sem condições adequadas para<br />

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