livro
livro
livro
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
CAPÍTULO 2<br />
Estruturação da assistência farmacêutica<br />
O farmacêutico na assistência<br />
farmacêutica do SUS: diretrizes para ação<br />
Segundo Boing e Blatt (2011), os sistemas de informação em saúde (SIS) são<br />
bancos de dados destinados a fornecer informações e estatísticas de interesse<br />
médico hospitalar, médico ambulatorial, medicina pública, medicina investigativa<br />
(pesquisa e desenvolvimento). Um SIS deve ser organizado como um instrumento<br />
de apoio à gestão de um Sistema de Saúde e deve produzir informações que possibilitem:<br />
a avaliação de uma determinada situação de saúde; a tomada de decisões<br />
sobre as respostas (ações) a serem implementadas; o acompanhamento ou o controle<br />
da execução (eficiência e eficácia) das ações propostas; a avaliação do impacto<br />
(efetividade) alcançado sobre a situação de saúde inicial (FERREIRA, 1999).<br />
São diversos os SIS no país e muitos estão disponíveis no Departamento de<br />
Informática do SUS, o DATASUS, como: Sistema de Informação da Atenção Básica<br />
(SIAB); Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC); Sistema de Informações<br />
sobre Mortalidade (SIM); entre outros. Temos alguns SIS relacionados<br />
aos medicamentos como o Sistema de Controle Logístico de Medicamentos Antirretrovirais<br />
(SICLOM), o Sistema Farmácia Popular (SIFAP), o Sistema Nacional de<br />
Gestão da Assistência Farmacêutica (Hórus), o Sistema Informatizado de Gerenciamento<br />
e Acompanhamento dos Medicamentos do Componente Especializado da<br />
Assistência Farmacêutica (SISMEDEX), entre outros.<br />
Muitos estados e municípios desenvolveram seus próprios sistemas de informação<br />
e os aperfeiçoaram ao longo do tempo. Destacam-se alguns sistemas de<br />
informação que incluem toda a rede de atenção à saúde, integrando prontuários,<br />
informações sociais, dispensação de medicamentos, e as informações para gerenciamento<br />
do sistema (estoque, solicitações, demandas reprimidas). Nesse tipo de<br />
sistema, o farmacêutico pode utilizá-lo como ferramenta de trabalho interdisciplinar,<br />
participando e interagindo com a equipe nos projetos terapêuticos, compartilhando<br />
informações clínicas e decisões com a equipe.<br />
O agir em assistência farmacêutica exige do farmacêutico um conhecimento<br />
apurado da realidade sanitária e epidemiológica da população. O profissional deve<br />
utilizar as informações disponíveis nos sistemas de informação e buscar novas informações,<br />
quando preciso, para subsidiar a tomada de decisão na assistência<br />
farmacêutica, apoiar o planejamento das ações e realizar um acompanhamento<br />
sistemático dos resultados da área. Nesse sentido, os sistemas de informação que<br />
apoiarão o trabalho na assistência farmacêutica vão além dos relacionados aos<br />
medicamentos, como os aqui já citados.<br />
Os resultados em assistência farmacêutica devem estar relacionados à<br />
melhoria da qualidade de vida da população e não somente ao número de<br />
medicamentos dispensados ou adquiridos, por exemplo. A integração dos<br />
sistemas utilizados nos serviços e o prontuário eletrônico do paciente é importante<br />
e têm como objetivo o fortalecimento do trabalho em equipe e a<br />
qualificação da assistência, evitando a fragmentação da assistência ao usuário<br />
e a lógica de atendimento centrado nas corporações (CECÍLIO; MENDES,<br />
59