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CAPÍTULO 9<br />

O papel do farmacêutico nas Redes de Atenção à Saúde<br />

O farmacêutico na assistência<br />

farmacêutica do SUS: diretrizes para ação<br />

9.4.5.1 Papel da assistência farmacêutica na Rede<br />

de Cuidado à Pessoa com Deficiência<br />

Cabe aqui uma pergunta, as farmácias dos serviços de saúde estão preparadas<br />

para atender a pessoas com deficiência (física, visual, auditiva, mental e/<br />

ou múltipla 1 )? Você, farmacêutico, está preparado para atender uma pessoa com<br />

deficiência? Você acha que é necessário algum atendimento diferenciado para esses<br />

usuários?<br />

É de fundamental importância que as unidades de saúde, incluindo aí as<br />

farmácias, sejam organizadas de maneira a permitir o acesso físico, com adaptações<br />

adequadas à pessoa com deficiência, para a promoção da acessibilidade e<br />

inclusão social. Elas devem propiciar acessibilidade à maior quantidade possível<br />

de pessoas, independentemente de idade, estatura, deficiência ou mobilidade<br />

reduzida, garantindo a utilização, de maneira autônoma e segura, do ambiente,<br />

das edificações e do mobiliário (BRASIL, 2008a), promovendo uma atenção acolhedora<br />

e humana, com base na humanização. Devem dispor de banheiros adaptados;<br />

barras de apoio; corrimão; rampas; portas com larguras e maçanetas adequadas;<br />

sinalizações; piso antiderrapante; telefone público, balcão e bebedouros<br />

mais baixos para cadeirantes ou pessoas com baixa estatura, entre outros (BRASIL,<br />

2008a).<br />

Em relação às pessoas com deficiência visual, uma das maneiras de garantir<br />

a informação aos usuários é o fornecimento de bulas em formato especial. A RDC<br />

nº 47/2009 indica que a bula pode ser disponibilizada em meio magnético, óptico<br />

ou eletrônico, em formato digital ou áudio, ou impressas em Braille 2 ou com<br />

fonte ampliada, e devem ser concedidas gratuitamente pelas empresas titulares<br />

do registro do medicamento, mediante solicitação da pessoa, conforme sua escolha<br />

e necessidade (BRASIL, 2009), o que também já era indicado no Decreto nº<br />

5.296/2004 (BRASIL, 2004b).<br />

Sobre o uso da tecnologia, nessas situações, Gossenheimer (2010) alerta que<br />

muitos deficientes visuais possuem diabetes, o que interfere na leitura em Braille,<br />

pela diminuição da sensibilidade nas extremidades. Outro fator, referido pela autora,<br />

é que a tecnologia está proporcionando um processo denominado “desbraillização”,<br />

ao transformar os textos em áudio (GOSSENHEIMER, 2010). Percebe-se,<br />

também, uma dificuldade de idosos aprenderem a leitura em Braille, seja pelo<br />

desgaste do tato ou pela dificuldade de concentração (NASCIMENTO; MARQUES,<br />

2009). O importante, nesse caso, é conhecer a necessidade do usuário, como, por<br />

exemplo: idade, se possui cuidador, se domina a leitura em Braille, se é ou não<br />

alfabetizado, entre outros fatores.<br />

1. Associação de duas ou mais deficiências.<br />

2. Sistema Braille: processo de leitura e escrita em relevo, com base em 64 (sessenta e quatro) símbolos (incluindo alfabeto, símbolos matemáticos<br />

e químicos, notas musicais) resultantes da combinação de 6 (seis) pontos, dispostos em duas colunas de 3 (três) pontos.<br />

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