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CAPÍTULO 9<br />

O papel do farmacêutico nas Redes de Atenção à Saúde<br />

O farmacêutico na assistência<br />

farmacêutica do SUS: diretrizes para ação<br />

das trabalhadoras que a Federação Nacional de Farmacêuticos (Fenafar) lançou a<br />

campanha “Sou Mulher, Sou Farmacêutica, Tenho Direitos!”.<br />

Para saber mais, sobre a Campanha “Sou mulher, Sou farmacêutica, Tenho<br />

direitos”, consulte a página da Fenafar na internet.<br />

A Campanha pretende denunciar abusos e contribuir para a melhoria dos indicadores<br />

de trabalho nos espaços hoje ocupados por essas mulheres.<br />

9.4.1.1 Papel da Assistência Farmacêutica na Rede Cegonha<br />

Com relação às atribuições da assistência farmacêutica nesta rede temática,<br />

deve-se destacar o seu duplo papel: no apoio logístico, fornecendo medicamentos<br />

e insumos para a realização das ações; e na assistência direta às pacientes.<br />

Além de garantir o acesso aos medicamentos e insumos de saúde necessários<br />

para a organização desta rede, o farmacêutico deve ter uma participação ativa<br />

nas ações de promoção de saúde.<br />

No planejamento reprodutivo, podem ser desenvolvidas atividades de educação<br />

em saúde, relacionadas a métodos anticoncepcionais, uso de medicamentos<br />

durante a gestação, à amamentação e infância, dispensação de anticoncepcionais<br />

e anticoncepção de emergência. Um serviço que pode ser organizado pelos municípios<br />

na atenção primária à saúde é a prescrição farmacêutica (nos limites definidos<br />

pela Resolução CFF nº 586/2013) de alguns medicamentos anticoncepcionais,<br />

quando a mulher já faz uso deste, mediante a previsão em protocolos e diretrizes<br />

de Saúde da Mulher, estabelecidos pela secretaria de saúde e em comum acordo<br />

com a equipe de saúde.<br />

A dispensação de anticoncepcionais de emergência é outro serviço de grande<br />

importância que precisa ser melhor organizado nas unidades de saúde, e o farmacêutico<br />

pode contribuir para essa melhora. Existe uma grande polêmica sobre<br />

a dispensação sem prescrição deste tipo de medicamento pelo farmacêutico. Os<br />

defensores desta prática alegam que isto diminuiria o número de gravidezes indesejadas,<br />

gravidezes na adolescência e número de abortos clandestinos. Como o<br />

tempo é fator determinante para a eficácia, é importante facilitar o acesso.<br />

Os opositores alegam que isso incentivaria o comportamento sexual irresponsável,<br />

sem uso de preservativos, e desestimularia o uso de anticoncepcionais<br />

regulares. As evidências, entretanto, não amparam algumas dessas ideias, como<br />

demonstrado na publicação da OPAS/Ministério da Saúde, sobre uso racional de<br />

medicamentos “Temas selecionados. Contracepção de emergência: evidências vs<br />

preconceitos” (WANNMACHER, 2005). A despeito de opiniões éticas, ideológicas<br />

ou religiosas, é dever do profissional farmacêutico informar às pacientes todas<br />

as opções disponíveis para o planejamento reprodutivo e, sempre que possível,<br />

possibilitar seu acesso.<br />

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