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O farmacêutico na assistência<br />

farmacêutica do SUS: diretrizes para ação<br />

CAPÍTULO 3<br />

Planejamento estratégico aplicado à assistência farmacêutica<br />

pública e do SUS, próprios de cada nível de gestão, precisam estar coerentes com<br />

os instrumentos de planejamento, guardando uniformidade de objetivos, diretrizes<br />

e metas. O Plano de Saúde é a base para a execução, o monitoramento, a avaliação<br />

e a gestão do sistema de saúde, enfim, é o instrumento que norteia todas as<br />

atividades dessa área (BRASIL, 2009).<br />

3.2.2 Interface da assistência farmacêutica com o planejamento no SUS<br />

A assistência farmacêutica está incluída no campo de atuação do SUS como<br />

parte da assistência terapêutica integral. Assim, o planejamento da assistência farmacêutica<br />

deve ser elaborado em consonância com a política de saúde, visando a<br />

redução de riscos e o estabelecimento de condições que assegurem acesso universal<br />

e igualitário às ações e aos serviços para a promoção, proteção e recuperação<br />

da saúde (BRASIL, 1990b).<br />

Com a publicação do Decreto nº 7.508/2011, que regulamenta a Lei nº<br />

8.080/1990 para dispor sobre a organização do SUS, e da Resolução nº 01/2011,<br />

que estabelece diretrizes gerais para a instituição de regiões de saúde, o planejamento<br />

em saúde passa a ser ascendente e integrado, do nível local até o federal.<br />

Essa nova regulamentação apresenta desafios para o processo de planejamento,<br />

no qual se faz necessário compatibilizar as demandas em saúde, a disponibilidade<br />

de recursos financeiros e as pactuações regionais, a fim de construir um plano de<br />

saúde exequível e que atenda às reais demandas da população (BRASIL, 2011a;<br />

BRASIL, 2011b).<br />

Dentre os objetivos para a organização das regiões de saúde, destacam-se<br />

a necessidade de garantir o acesso resolutivo da população, em tempo oportuno<br />

e com qualidade, a ações e serviços organizados em redes de atenção, e a possibilidade<br />

de racionalizar gastos e otimizar recursos, visando maior eficiência do<br />

sistema de saúde. As redes de atenção organizam-se de forma poliárquica, em que<br />

todos os pontos de atenção à saúde são igualmente importantes e se relacionam<br />

horizontalmente. Essa conformação apresenta a assistência farmacêutica como<br />

um sistema transversal a todas as redes temáticas e, portanto, fundamental a todas<br />

elas, conforme será detalhado no capítulo denominado “O papel do farmacêutico<br />

nas Redes de Atenção à Saúde”.<br />

Pode-se, então, verificar que o planejamento da assistência farmacêutica é<br />

um processo complexo e dinâmico. Sua elaboração, em cada nível de gestão e em<br />

cada esfera de governo, deve considerar alguns pressupostos essenciais, dentre<br />

os quais se destacam as diretrizes e prioridades da Política de Saúde instituída, os<br />

instrumentos de planejamento do SUS, o papel fundamental da assistência farmacêutica<br />

nas redes de atenção, a necessária inserção do farmacêutico no cuidado<br />

em saúde e o alinhamento do plano de assistência farmacêutica com os planos<br />

local, regional e nacional.<br />

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