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CAPÍTULO 5<br />
Avaliação da assistência farmacêutica<br />
O farmacêutico na assistência<br />
farmacêutica do SUS: diretrizes para ação<br />
Avaliação da assistência farmacêutica<br />
Fernanda Manzini<br />
Samara Jamile Mendes<br />
Silvana Nair Leite<br />
5.1 Avaliação em saúde<br />
Todos nós, seja no dia a dia familiar ou nos serviços, fazemos avaliações que<br />
direcionam as nossas atividades. Claro que, na maioria delas, utilizamos o senso-comum<br />
e a experiência adquirida para tomar decisão, ao invés de recorrermos a fórmulas,<br />
ferramentas ou procedimentos metodológicos. E nos serviços, como fazer para<br />
saber se uma prática implementada está trazendo os resultados esperados, como,<br />
por exemplo, a melhoria da saúde da população atendida em um serviço clínico farmacêutico?<br />
Como saber se é melhor ter farmácias regionalizadas na atenção básica<br />
ou descentralizar a dispensação para farmácias inseridas em todas as unidades<br />
de saúde? Para isso, é importante que nós, farmacêuticos, saibamos mais sobre a<br />
avaliação e, mais ainda, que incorporemos essa prática no cotidiano dos serviços.<br />
Mas, afinal, o que é avaliação? São diversos os conceitos de avaliação expressos<br />
na literatura. Para Contandriopoulos e colaboradores (1997), a avaliação pode<br />
ser considerada como um julgamento sobre uma intervenção ou sobre qualquer<br />
um dos seus componentes, com o objetivo de auxiliar na tomada de decisões. Ou<br />
seja, avaliar é emitir um juízo de valor sobre algo e, quando necessário, propor<br />
alternativas para melhorar o objeto avaliado.<br />
Nesse sentido, a avaliação deve ser entendida como um processo crítico-reflexivo<br />
sobre práticas e processos desenvolvidos no âmbito dos serviços de saúde,<br />
e deve servir para direcionar ou redirecionar a execução de ações, atividades,<br />
programas. Calvo e Henrique (2006) destacam que a avaliação deve ser entendida<br />
como um processo de negociação entre atores sociais e constitui-se em um processo<br />
de negociação e pactuação entre sujeitos que partilham de corresponsabilidades,<br />
mediado por relações de poder. Segundo Tanaka e Melo (2004), a avaliação<br />
deve ser exercida por todos os envolvidos no planejamento e na execução dessas<br />
ações, ressaltando, assim, uma importante característica da avaliação: ser participativa.<br />
Seja você um farmacêutico que atua como gestor ou que atua em uma<br />
unidade de saúde, você deve participar do processo de avaliação.<br />
Dos diversos conceitos sobre avaliação, Barreto e Calvo (2014) destacam alguns<br />
consensos estabelecidos:<br />
• o conceito de avaliação está diretamente relacionado com a ideia de formular<br />
um juízo de valor sobre o objeto a ser avaliado, incorporando a ela<br />
uma carga subjetiva;<br />
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