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O farmacêutico na assistência<br />

farmacêutica do SUS: diretrizes para ação<br />

CAPÍTULO 5<br />

Avaliação da assistência farmacêutica<br />

• medir nem sempre significa avaliar; e<br />

• a avaliação deve ser um processo dinâmico, sistêmico.<br />

A utilização da avaliação, com indicadores pertinentes às realidades locais,<br />

contribui não apenas com a gestão dos serviços, mas com todo o processo de<br />

planejamento. A avaliação é um instrumento de gestão para orientar a tomada<br />

de decisão, pois o juízo de valor, decorrente da avaliação, indicará a decisão a ser<br />

tomada nos serviços (BARRETO; CALVO, 2014).<br />

Para Calvo e Henrique (2006), algumas concepções de avaliação são ultrapassadas<br />

ou são mitos, e precisam ser superadas:<br />

a) Os resultados da avaliação podem ter consequências negativas, como a<br />

diminuição de recursos ou perda do emprego. Por que superar isso? Essa<br />

ideia advém de uma lógica de avaliação punitiva, que não é um tipo de<br />

avaliação recomendado. A avaliação deve contribuir com os serviços e<br />

com seus trabalhadores, mesmo que o resultado encontrado, ao emitir o<br />

juízo de valor, não seja positivo ou o esperado. O resultado da avaliação<br />

deve apresentar alternativas para melhora do objeto avaliado.<br />

b) A avaliação é perda de tempo, pois seus resultados serão usados aleatoriamente<br />

no planejamento. Por que superar isso? Se a avaliação tem<br />

um propósito claro, é participativa e envolve os atores avaliados, os resultados<br />

obtidos têm mais chances de serem incorporados e proporcionarem<br />

mudanças nos serviços. A utilização dos resultados da avaliação<br />

depende, geralmente, de como o processo de avaliação foi conduzido e<br />

negociado com os atores envolvidos.<br />

c) A avaliação exige um desenho complexo, deve ser conduzida por um especialista<br />

e é cara. Por que superar isso? Não é preciso ser um especialista<br />

para fazer uma avaliação. O rigor metodológico da avaliação depende,<br />

fundamentalmente, da sua finalidade. Uma avaliação conduzida pela<br />

academia tem o propósito de construir uma fundamentação teórica do<br />

tema e, como qualquer trabalho acadêmico, deve seguir os preceitos<br />

da metodologia de pesquisa. Já, a avaliação para um serviço precisa ser<br />

ágil e fornecer as respostas no momento da tomada de decisão, pois, de<br />

nada adianta seguir um rigor metodológico e elaborar uma extensa avaliação,<br />

se o resultado da avaliação for obtido após a tomada da decisão<br />

pelo gestor no serviço, por exemplo.<br />

d) A avaliação toma tempo real da instituição e, embora desejável, é um<br />

luxo. Por que superar isso? A avaliação deve ser incorporada na rotina<br />

dos serviços, deve ser intrínseca às atividades diárias. São diversas as<br />

experiências positivas de serviços que incorporaram a avaliação em suas<br />

rotinas. Calvo e Henrique (2006) destacam que o tempo e o esforço gas-<br />

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