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O farmacêutico na assistência<br />

farmacêutica do SUS: diretrizes para ação<br />

(RH), ou seja, duas décadas e meia decorridas da criação do sistema e nós não<br />

temos definições dentro do SUS sobre a política de RH. Não havendo uma, cada<br />

estado, cada município e a União criam o seu próprio modelo.<br />

Boa parte dos estados e a grande maioria dos municípios não têm sequer<br />

Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR). Alguns estados têm plano<br />

estabelecido, mas longe de contemplar o que é a necessidade dos profissionais<br />

da área de saúde. E mesmo naqueles em que existe um plano e nos outros em<br />

que não há, existe um viés extremamente preocupante que corresponde a uma<br />

parte chamada de “regime precário” que representa um número significativo<br />

de trabalhadores do SUS que não faz parte do quadro integrante de cada SES<br />

ou SMS.<br />

Deve haver no mínimo uma dezena de projetos em tramitação na Câmara<br />

Federal que trata de RH no SUS. Alguns indicam uma ou outra determinada profissão:<br />

enfermeiros, médicos, psicólogos e da área de nível médio (técnicos), e<br />

outros tentam tratar globalmente disso.<br />

Acredito que se nós conseguirmos equacionar e resolver o problema do<br />

financiamento e o problema da gestão, teremos de fazer o mesmo com a área de<br />

RH, porque o que tínhamos até uma década atrás era uma grande deficiência de<br />

profissionais. Ocorreu no país inteiro, uma proliferação de cursos, tanto de nível<br />

médio como superior, e hoje na maioria das categorias profissionais nós temos<br />

profissionais à disposição para trabalhar à exceção dos profissionais médicos<br />

que, embora as entidades médicas trabalhem com a ideia de que existem médicos<br />

em quantidade suficiente no país, quem é gestor de saúde sabe que eles não<br />

existem em quantidade suficiente, principalmente médicos especialistas.<br />

Antes do Mais Médicos, quando se perguntava a um gestor municipal que<br />

mencionasse três problemas na área da gestão dele, um dos três era a falta de<br />

médicos. Com o Mais Médicos melhorou, mas só na APS. O gestor municipal<br />

que tem Média e Alta Complexidade continua respondendo da mesma forma.<br />

Os gestores estaduais respondem da mesma forma: a grande dificuldade de colocar<br />

em funcionamento os ambulatórios especializados e as unidades hospitalares,<br />

incluindo as de urgência como Unidades de Pronto Atendimento (UPAs),<br />

da MAC e os Prontos-Socorros.<br />

Ora, o setor de saúde, quer seja estadual ou municipal, não forma médicos.<br />

Agora, tem sido feita uma parceria entre o MS e o MEC, na tentativa de<br />

regular a formação de médicos e, com isso, tentar chegar daqui a uns anos<br />

em um número de médicos suficiente e necessário para ocupação dos postos<br />

que temos no SUS, mas isso é uma política de médio e longo prazo porque um<br />

jovem que entrou hoje na faculdade de medicina até chegar ao mercado de<br />

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