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O farmacêutico na assistência<br />
farmacêutica do SUS: diretrizes para ação<br />
CAPÍTULO 5<br />
Avaliação da assistência farmacêutica<br />
atendimento, sem a presença de um farmacêutico e sem o fornecimento das informações<br />
para o uso adequado do medicamento. Nesse contexto, a avaliação desse<br />
serviço pode indicar um resultado satisfatório, dependendo de como a avaliação<br />
foi realizada.<br />
5.3 Avaliação no cotidiano dos serviços<br />
Os principais conceitos e as linhas de pensamento sobre avaliação em saúde<br />
e da assistência farmacêutica são apresentados a seguir. Como operacionalizar a<br />
avaliação no cotidiano dos serviços?<br />
5.3.1 Como conduzir um processo de avaliação no serviço<br />
Assim como o planejamento, a avaliação precisa ser dinâmica e deve refletir<br />
as demandas do serviço e da equipe de saúde, adaptando-se conforme as mudanças<br />
que surgirem. Antes de selecionar indicadores, é preciso determinar o objeto<br />
a ser avaliado e qual o modelo de avaliação a ser adotado.<br />
Conhecer o objeto a ser avaliado é o primeiro passo para qualquer avaliação.<br />
Caso não se conheça esse objeto (serviço, programa, sistema), deve-se realizar um<br />
diagnóstico antes de se pensar em uma avaliação.<br />
Os modelos de avaliação precisam estar de acordo com a realidade do serviço<br />
e refletir o contexto onde serão aplicados. É possível utilizar indicadores da<br />
literatura, desde que readequados à realidade local, ou elaborar novos. Pode ser<br />
que um modelo de avaliação reflita bem o momento que o serviço está passando,<br />
mas, em um período posterior, os indicadores já não revelem a situação do objeto<br />
avaliado, pois o serviço é dinâmico e sofre alterações, além de atualizações que<br />
podem ocorrer na legislação, por exemplo.<br />
As ideologias do grupo que vai construir a avaliação, as especificidades da<br />
organização do local e o momento político da saúde também vão direcionar o modelo.<br />
Como já exposto, a avaliação nunca é isenta, uma vez que os envolvidos têm<br />
um posicionamento, e isso deve estar explícito. De qualquer forma, é importante<br />
basear a avaliação em uma metodologia reconhecida, respeitando, criteriosamente,<br />
as questões éticas e científicas, necessárias para garantir um resultado mais<br />
próximo da realidade.<br />
O caráter participativo da avaliação é fundamental para que os resultados<br />
obtidos não acabem em desuso. O envolvimento dos atores deve acontecer<br />
em todo o processo: na concepção da avaliação; no conhecimento do objeto;<br />
na construção da matriz avaliativa (onde são definidos os indicadores, as medidas<br />
e os parâmetros); na definição dos critérios para emissão do juízo de valor;<br />
na aplicação e no levantamento dos dados; e na discussão dos resultados obtidos.<br />
Alves e colaboradores (2010) reforçam essa ideia, ao afirmarem que, para<br />
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