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Também conhecidas como abordagem processual ou de internacionalização em<br />

estágios, estas são mais recentes que as abordagens econômicas, surgidas na década<br />

de 70. Um fato importante introduzido pela Escola de Upsala foi o modo de se fazer<br />

negócios internacionais, que além das vertentes econômicas, deveriam olhar sob o<br />

prisma e a perspectiva da Teoria do Comportamento Organizacional, focando no<br />

desenvolvimento individual. A teoria do Empreendedorismo Internacional e a perspectiva<br />

de Networks são outros dois desenvolvimentos teóricos importantes e posteriores ao<br />

estabelecimento do Modelo de Uppsala (DIB E CARNEIRO, 2006; SCHMITT NETO ET<br />

AL, 2006; PEREIRA ET AL, 2006).<br />

Schmitt Neto et al (2006) mencionam que um dos pressupostos da Escola Nórdica<br />

é o de que a internacionalização da firma, através de exportações ou de investimentos<br />

diretos no exterior, é uma conseqüência do seu crescimento. Dentro dessa perspectiva, o<br />

processo de internacionalização não é visto como uma seqüência de passos planejados<br />

e deliberados, mas como passos de natureza incremental, apresentando aprendizagem<br />

sucessiva, através de etapas de comprometimento crescente com os mercados<br />

estrangeiros. Destacam-se como alguns dos principais autores: Carlson, Hörnell,<br />

Johanson, Vahlne, Wiedershein-Paul, sendo que dois dos mais importantes trabalhos da<br />

Escola foram as pesquisas de Johanson e Wiedersheim-Paul (1975) e de Johanson e<br />

Vahlne (1977).<br />

O modelo de Uppsala, ou modelo dinâmico de aprendizagem, considera que a<br />

incerteza em relação ao resultado de uma ação de internacionalização aumenta com a<br />

distância (MENDES ET AL, 2002).<br />

O ponto focal do modelo de Uppsala é a “distância física” (substituída por muitos<br />

autores pelo termo “distância psicológica”). Esta é definida por Johanson e Vahlne (1977)<br />

como a soma de fatores que interferem no fluxo de informações entre mercados, como a<br />

diferença entre línguas, educação, práticas de negócios, cultura, desenvolvimento<br />

industrial, fluxo de comércio entre países, o que torna, em certos casos, um país mais<br />

próximo ao outro apesar da “distância física”. Esta poderia resultar na limitação de<br />

mercados para firmas vizinhas onde a proximidade geográfica implica em maior<br />

conhecimento sobre o mercado externo e maiores facilidades de obter informação. Estas<br />

afirmações foram retiradas de trabalhos realizados por pesquisadores da Universidade de<br />

Uppsala em firmas suecas na década de 70. Os autores concluíram que as firmas tinham<br />

propensão a realizar suas investidas iniciais em países com baixa distância psíquica da<br />

Suécia (como, por exemplo, Dinamarca, Noruega, Finlândia e Alemanha Ocidental) e,<br />

somente de forma gradual, tendiam a penetrar em mercados mais distantes (ALEM E<br />

CAVALCANTI, 2003; ANDERSEN E BUVIK, 2002; MENDES ET AL, 2002).<br />

Este processo gradual, realiza-se a partir de um crescente comprometimento da<br />

empresa com o mercado externo com base no aprendizado obtido por meio da<br />

experiência e do conhecimento. A empresa passa da exploração de mercados<br />

fisicamente próximos e aumenta seu comprometimento com outros mercados<br />

internacionais de forma gradual, formando relacionamentos cujo retorno se dará na forma<br />

de conhecimento do mercado e implicará um empenho maior de recursos a cada etapa<br />

vencida (ALEM E CAVALCANTI, 2003; ANDERSEN E BUVIK, 2002; PAIVA E HESXEL,<br />

2005).<br />

Pereira et al (2006), Paiva e Hesxel (2005), Schmitt Neto et al (2006) embasados<br />

por Johanson e Vahlne (1977, 1990) e Andersen (1993), afirmam que a<br />

internacionalização é um processo de ajustes incrementais, seguindo uma seqüência de<br />

estratégias de entrada em mercados internacionais, bem como uma seqüência na<br />

seleção dos mercados-alvo, apresentando os seguintes estágios de envolvimento<br />

internacional:<br />

Estágio 1: Sem atividades de exportação regular;<br />

Estágio 2: Exportação por intermédio de representantes (agentes);<br />

Estágio 3: Estabelecimento de uma subsidiária no exterior;<br />

Estágio 4: Instalação no exterior de unidade de produção, podendo ser própria, resultante<br />

de licenciamento ou de arranjos sob forma de joint ventures.<br />

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