acta ordinis fratrum minorum - OFM

A07nterno:ACTAORDINIS 16/5/07 16:37 Page 166166 AN. CXXVI – IANUARII-APRILIS 2007 – FASC. Ida Religiosa desde suas raízes substantivas,sua alma e seu carisma, sem afirmar que tudoserá recriado; é um processo que se dáem continuidade, buscando “inovar, conservando”,não partindo do zero. AVida Religiosaarticula-se em torno de três eixosfundantes: experiência pessoal e comunitáriade Deus; um correspondente estilo de vidae de presença na sociedade; missão assumidaem defesa da vida e ao lado dos pobres.Que resposta a Vida Religiosa dará aesse desafio na América Latina? Que respostaos franciscanos darão a partir de seucarisma?No segundo dia, cada Entidade das duasConferências passou a apresentar em dezminutos a sua realidade. Depois de cadabloco de apresentações, abriu-se espaçopara um diálogo sobre o que foi visto e ouvido.As observações e os comentários giraramem torno: da tarefa de suplência dasIgrejas locais o que traz sobrecarga nas presençasparoquiais e em obras sociais, da inquietaçãopelo específico franciscano, dadisposição dos jovens frades para novasformas de itinerância, da busca por novasformas de evangelização, das formas de colaboraçãointerprovincial na formação e emoutros níveis (por exemplo, Amazônia,santuário de Canindé), de questões econômicase de auto-sustento, de situações dedistâncias e de ativismo dos frades, da relaçãoentre vivência franciscana e o conjuntodas obras, da presença franciscanaem realidades desafiadoras (Amazônia, periferias,recuperação de drogados...), deconvênios entre bispos e paróquias assumidaspelos frades, da captação de recursospara as obras sociais, da promoção vocacionale dos critérios de seleção, do problemada perseverança na formação inicial, dalimitação de número de frades e da carênciade formadores preparados em certasEntidades.No conjunto do diálogo após as diferentesapresentações, prevaleceu uma certasensação de desânimo. No final, buscou-seinjetar ânimo: primeiro, agradecimento aosfrades que trabalharam e trabalham cominúmeras dificuldades; segundo, não deixar-selevar pela tentação de apontar somenteos defeitos, pois a tarefa dos coordenadoresé animar; terceiro, a questão do auto-sustentodepende da realidade onde setrabalha.No fim da tarde, foi celebrada a Eucaristiae, após o jantar, em mais uma sessão, aPalavra coube ao Definidor Geral Frei JuanIgnacio Muro. Inicialmente, ele situou o objetivodesse tipo de encontro que é o de propiciaro mútuo conhecimento e diálogo paradiscernir juntos sobre o melhor modo deanimar os irmãos. Sua reflexão teve comoidéias condutoras:a) Urge voltar ao essencial no contexto danova realidade social, buscando viverapaixonadamente o seguimento de Cristoem fidelidade criativa, sendo sinal deesperança. No contexto do VIII Centenário,o ano de 2006 foi o ano do discernimento.Cada entidade devia iniciar umprocesso. Foi feito? O ano de 2007 foi oano do Projeto. Demos passos concretosnas entidades? Pelo que ouvi, há muitoque resgatar.b) É importante dar passos na autocríticaem vista de caminhos de solução, questionando-nossobre o estilo de vida evangélicafranciscana em tudo que fazemos.Além de falar muito, poucos e tímidosforam os passos dados no concreto, faltandoum caminho comum nas entidades,com muitos irmãos à margem daproposta da Ordem.c) Há a constatação da fragilidade da vidacom Deus, do ativismo exagerado, dacomunicação superficial, o que tem a vercom o projeto formativo. A ratio formationisinsiste em que a fraternidade todaé formadora. Na Ordem se acentua a colaboraçãointer-provincial e na Conferência;a formação integral, sobretudoem chave experiencial; as opções decididasem favor da vida fraterna, inclusiveredimensionando alguns ministérios eatividades; a preparação intelectual, comirmãos em estudos superiores. O grandeproblema está na formação permanente.d) Na área econômica, algumas entidadesderam passos decisivos na questão dofundo comum, mas para a maioria istoainda não é uma realidade.