a saúde mental na atenção básica - Biblioteca Digital de Teses e ...
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trabalho no território com o envolvimento <strong>de</strong> outros atores tem sido facilitadora para<br />
o trabalho em re<strong>de</strong>, resultando em ações mais eficazes para o usuário da SM:<br />
11<br />
113<br />
Então, quando territorializa, o técnico também começa a perceber que não é<br />
só ele que tem que dar conta <strong>de</strong>sse caso, não é o único responsável por<br />
este caso. Então, isso é funda<strong>mental</strong> (E20).<br />
A comunida<strong>de</strong> tem recursos. Temos a Secretaria <strong>de</strong> Esportes, a Secretaria<br />
<strong>de</strong> Educação. Então, as parcerias em termos <strong>de</strong>[...] assim, <strong>de</strong> perspectivas,<br />
elas que me parecem ser o caminho para inserir e beneficiar o usuário<br />
(E17).<br />
A minha consciência é <strong>de</strong> que eu estou num território que tem diversos<br />
equipamentos e que todos precisam conversar, é um usuário da Saú<strong>de</strong><br />
Mental, é um usuário da clinica, é um usuário da cardiologia, é um usuário<br />
da obstetrícia, da ginecologia (E23).<br />
Contudo, os entrevistados assi<strong>na</strong>lam que a intersetorialida<strong>de</strong> é ainda frágil<br />
e que tem que ser o tempo todo estimulada, reconhecendo ser esse processo<br />
funda<strong>mental</strong> para os pressupostos da RP. Saliente-se que a intersetorialida<strong>de</strong><br />
incorpora a idéia <strong>de</strong> integração no território, <strong>de</strong> equida<strong>de</strong>, dos direitos sociais<br />
Nós reconhecemos que sozinhos não damos conta <strong>de</strong> tanta coisa. O<br />
território tem outros recursos que precisam ser acio<strong>na</strong>dos. Porém, temos<br />
muita dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> dar prosseguimento às ações intersetoriais. A gente<br />
tem que estar em cima, senão ela não acontece. Eu acho que, muitas vezes<br />
essas ações são motivadas por um caso ou outro que seja <strong>de</strong>safiador (E17).<br />
Outro fator importante para a inserção do usuário no território apontado<br />
pelos entrevistados passa pelo envolvimento da família no tratamento, pois a doença<br />
<strong>mental</strong> afeta o indivíduo e sua família em todos os aspectos <strong>de</strong> vida. Enten<strong>de</strong>ndo<br />
que a família reveste-se <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância para a realização das metas<br />
propostas pela Reforma Psiquiátrica, um entrevistado pontua:<br />
A permanência ou não do usuário <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Mental <strong>na</strong> área <strong>de</strong> abrangência<br />
está muito vinculada à questão da aceitação da família. Eles só procuram o<br />
posto porque a medicação acabou ou porque ele é também um diabético e<br />
também está sem remédio. Só quando está sem medicação ou então, a<br />
família vem quando ele entra em crise. Senão não existe a procura (E1).<br />
Nesse enunciado explicita-se que para além das dificulda<strong>de</strong>s dos<br />
familiares registra-se o pouco envolvimento do serviço com o cotidiano dos usuários.<br />
Fica apontado que os serviços <strong>de</strong> <strong>saú<strong>de</strong></strong> não oferecem alter<strong>na</strong>tivas para contribuir