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a saúde mental na atenção básica - Biblioteca Digital de Teses e ...

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O autor acrescenta que duas situações <strong>de</strong>vam ser consi<strong>de</strong>radas <strong>na</strong><br />

<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo: uma que diz respeito ao aparato institucio<strong>na</strong>l utilizado para a<br />

organização das ações <strong>de</strong> <strong>saú<strong>de</strong></strong> como serviços; e outra que tem a ver com a<br />

configuração do que é tomado como problema <strong>de</strong> <strong>saú<strong>de</strong></strong>.<br />

Partindo <strong>de</strong>ssas proposições, é possível relacio<strong>na</strong>r mo<strong>de</strong>lo assistencial<br />

com a combi<strong>na</strong>ção <strong>de</strong> tecnologias estruturadas para a solução <strong>de</strong> <strong>de</strong>mandas da<br />

<strong>saú<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> uma dada população, que, por sua vez, tem necessida<strong>de</strong>s sociais<br />

historicamente <strong>de</strong>finidas e com diferentes perfis epi<strong>de</strong>miológicos o que requer<br />

intervenções técnicas e sociais diferenciadas.<br />

A <strong>de</strong>speito das diversas discussões que tomam essa <strong>de</strong>finição, ao tratar-<br />

se do mo<strong>de</strong>lo assistencial em Saú<strong>de</strong> Mental, percebe-se que a sua consolidação<br />

ainda enfrenta obstáculos, representados, entre outros fatores, por questões <strong>de</strong><br />

<strong>na</strong>tureza epistemológica e institucio<strong>na</strong>l, bem como inflexões <strong>de</strong> <strong>na</strong>tureza política e<br />

i<strong>de</strong>ológica.<br />

Sua abordagem e análise não se constituem tarefa fácil, <strong>de</strong>vido a suas<br />

peculiarida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>ntre as quais comportar uma história marcada pela segregação e<br />

exclusão social, o que permite diversas leituras e concepções.<br />

Nesta categoria, a<strong>na</strong>lisam-se as distintas concepções dos profissio<strong>na</strong>is e<br />

dos usuários sobre o mo<strong>de</strong>lo assistencial em Saú<strong>de</strong> Mental no cenário pesquisado.<br />

No atual <strong>de</strong>senho das políticas <strong>de</strong> <strong>saú<strong>de</strong></strong>, o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>atenção</strong> à Saú<strong>de</strong><br />

Mental do município objeto <strong>de</strong>ste estudo inclui a <strong>de</strong>scentralização dos serviços e<br />

uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> assistência que abrange domicílio, Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, recursos<br />

comunitários, Centro <strong>de</strong> Convivência, CERSAM, hospitalida<strong>de</strong> notur<strong>na</strong>, residência<br />

terapêutica e hospital geral, todos esses equipamentos organizados em uma re<strong>de</strong><br />

horizontal (SMSA, 2007).<br />

Neste cenário, os CERSAMS ocupam um lugar <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque <strong>na</strong><br />

reorganização da assistência em SM, <strong>de</strong>lineando novas bases <strong>na</strong> relação com o<br />

usuário, favorecendo o seu acesso aos serviços e a escuta diferenciada, oferecendo<br />

uma possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resposta às queixas diversas.<br />

Esses serviços funcio<strong>na</strong>m como porta aberta e traduzem, segundo,<br />

Quintas e Amarante (2008), “um conjunto <strong>de</strong> relações institucio<strong>na</strong>is, num movimento<br />

contínuo <strong>de</strong> questio<strong>na</strong>r e elimi<strong>na</strong>r a contenção concreta e simbólica das instituições<br />

asilares, pelas quais se dava o controle do paciente”.<br />

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