a saúde mental na atenção básica - Biblioteca Digital de Teses e ...
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esclarecendo-se sobre as dúvidas relacio<strong>na</strong>das á dinâmica do GF e à forma <strong>de</strong><br />
realizar os registros, com ênfase <strong>na</strong> importância <strong>de</strong> sua colaboração.<br />
Essa aproximação com os técnicos <strong>na</strong> fase exploratória da pesquisa<br />
facilitou a entrada no campo, pois, ao chegar aos Serviços <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> já era<br />
i<strong>de</strong>ntificada como pesquisadora.<br />
Instrumentos <strong>de</strong> captação da realida<strong>de</strong> empírica<br />
Para construir os dados empíricos <strong>de</strong>ste estudo, dois diferentes recursos<br />
foram utilizados para a investigação: a entrevista individual, com roteiro<br />
semiestruturado, eleita como a forma mais a<strong>de</strong>quada para abordagem dos técnicos<br />
<strong>de</strong> <strong>saú<strong>de</strong></strong>; e o Grupo Focal (GF) com os usuários (Apêndice A, B, C, D, E).<br />
A entrevista<br />
Para a realização da entrevista, seguimos à orientação <strong>de</strong> Triviños (1992)<br />
que <strong>de</strong>fine a entrevista individual com roteiro semiestruturado como aquela que<br />
parte <strong>de</strong> questio<strong>na</strong>mentos apoiados em teorias e hipóteses, e no <strong>de</strong>correr do<br />
processo oferece um campo <strong>de</strong> interrogativas, fruto <strong>de</strong> novas hipóteses, que surgem<br />
à medida que os informantes respon<strong>de</strong>m.<br />
O roteiro, com questões norteadoras (Apêndice B, C, D), serviu para<br />
orientar a pesquisa e estimular uma <strong>na</strong>rrativa mais livre para que o entrevistado<br />
pu<strong>de</strong>sse discorrer sobre o tema proposto, seguindo a linha <strong>de</strong> raciocínio e<br />
experiências com o objeto <strong>de</strong> estudo. Essa técnica contribuiu para que o informante<br />
alcançasse a liberda<strong>de</strong> e a espontaneida<strong>de</strong> nos seus discursos, o que enriqueceu a<br />
investigação.<br />
Concorda-se com Schraiber, que<br />
por ser um modo <strong>de</strong> contar e um modo <strong>de</strong> lembrar, a entrevista produz<br />
sempre uma interpretação daquele que relata. Mas aquilo que se conta –o<br />
acontecido, o vivido- e o significado que lhe confere o <strong>na</strong>rrador, não é<br />
exatamente único, senão a experiência pessoal no interior <strong>de</strong> possíveis<br />
históricos bem <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>dos, e que se dão <strong>na</strong> forma pela qual aquele<br />
indivíduo está situado socialmente (SCHRAIBER, 1993:33).<br />
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