a saúde mental na atenção básica - Biblioteca Digital de Teses e ...
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Para o usuário chegar até a Saú<strong>de</strong> Mental, ele <strong>de</strong>ve passar pelo PSF. O<br />
médico vai avaliar se realmente é um caso para Saú<strong>de</strong> Mental ou é uma<br />
<strong>de</strong>pressão leve que ele po<strong>de</strong> estar sendo acompanhado pelo generalista.<br />
Aqui, a gente tenta trabalhar em conjunto com o PSF. O acolhimento <strong>de</strong>ve<br />
ser feito pela própria equipe do PSF, e não pelos profissio<strong>na</strong>is da equipe<br />
Saú<strong>de</strong> Mental. E falamos isso para os pacientes, para eles enten<strong>de</strong>rem<br />
esse fluxo (E12).<br />
Acho que os pacientes têm que enten<strong>de</strong>r que a Unida<strong>de</strong> Básica tem, sim,<br />
condição <strong>de</strong> estar acolhendo esses usuários, mesmo que não seja<br />
propriamente para que o seu tratamento seja todo feito lá, mas para que ele<br />
circule lá e aqui (E9).<br />
A proposta da RP, para além da lógica que orienta a inserção e o trânsito<br />
dos usuários <strong>na</strong> re<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços, <strong>de</strong>ve ser compreendida por todos: usuários,<br />
familiares e profissio<strong>na</strong>is. Caso contrário, a única lógica que prevalecera será a da<br />
resolutivida<strong>de</strong>, no momento da ‘crise’. Circular pelo PSF seria algo que transcen<strong>de</strong><br />
essa questão. Envolve o estabelecimento <strong>de</strong> vínculos do usuário com outros<br />
espaços, o que po<strong>de</strong>ria resultar em um cuidado contínuo, ao lado <strong>de</strong> sua inserção<br />
no território.<br />
Para Figueiredo e Campos (2008), cada um dos atores sociais e os<br />
serviços envolvidos <strong>na</strong> <strong>atenção</strong> po<strong>de</strong>m se <strong>de</strong>stacar <strong>na</strong> re<strong>de</strong> e favorecer um<br />
entrelaçamento <strong>de</strong> ações e relações. Para esses autores, a re<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser<br />
[...]pulsante e viva, que se movimente para dar sustentação às<br />
necessida<strong>de</strong>s dos usuários, que seja sem centralida<strong>de</strong>, porém suficiente<br />
para agenciar as <strong>de</strong>mandas dos usuários e se transformar em um suporte<br />
efetivo para as dificulda<strong>de</strong>s que esses usuários possuem (FIGUEIREDO;<br />
CAMPOS, 2008: 145).<br />
Assim, <strong>de</strong>staca-se a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> integração dos serviços presentes<br />
no território. Alguns profissio<strong>na</strong>is entrevistados têm clareza sobre a dinâmica do<br />
trabalho em re<strong>de</strong> e reconhecem ser esse um recurso estratégico para a <strong>atenção</strong> à<br />
SM, acrescentando que a porta <strong>de</strong> entrada <strong>de</strong>ve ser a AB:<br />
A porta <strong>de</strong> entrada, <strong>de</strong>ve ser o Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> vamos ver, essa é uma<br />
estratégia que po<strong>de</strong> dar certo. Estamos encaminhando os pacientes. Acho<br />
que é ir tentando (E22).<br />
Outra possibilida<strong>de</strong> que a re<strong>de</strong> oferece é o acompanhamento realizado<br />
pelo especialista da SM, que aten<strong>de</strong> em Unida<strong>de</strong>s Básicas e figura como referência<br />
num quantitativo <strong>de</strong> quatro ESM que são referência para os nove Centros <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />
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