a saúde mental na atenção básica - Biblioteca Digital de Teses e ...
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singularida<strong>de</strong> das equipes <strong>de</strong> <strong>saú<strong>de</strong></strong> da família são conquistas necessárias para<br />
otimizar o diálogo, a articulação e a implementação <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> SM <strong>na</strong> AB.<br />
O estudo permitiu evi<strong>de</strong>nciar que quando a necessária interface ocorre <strong>de</strong><br />
forma efetiva a inserção do usuário no seu território <strong>de</strong> abrangência é facilitada, <strong>na</strong><br />
medida em que cria vínculos em toda a re<strong>de</strong> e que tanto as ESF como as ESM se<br />
corresponsabilizam, com o cuidado beneficiando o tratamento do usuário, sua<br />
circulação <strong>na</strong> re<strong>de</strong>.<br />
Neste cenário é importante salientar que a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> cuidado está sendo<br />
configurada por diferentes atores. Infere-se que a <strong>de</strong>pendência institucio<strong>na</strong>l diminui<br />
quando os laços sociais aumentam. Esta po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada uma estratégia<br />
favorável para a reinserção psicossocial social.<br />
Novas práticas foram inventadas e reinventadas, e se orientam para<br />
realizar a gestão do cuidado com base <strong>na</strong> pluralida<strong>de</strong> das <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>ções<br />
responsáveis pelo adoecimento, aliada as experiências subjetivas dos sujeitos.<br />
Porém, não esqueçamos, com dificulda<strong>de</strong>s <strong>na</strong> sua implementação.<br />
Contudo, reconhece-se que o funda<strong>mental</strong> é que a existência <strong>de</strong>ssa re<strong>de</strong>,<br />
mesmo com todos os nós, com toda sua complexida<strong>de</strong>, po<strong>de</strong> potencializar o cuidado<br />
ao usuário da SM valorizando sua organização autônoma, sua liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
circulação <strong>na</strong> cida<strong>de</strong> e comunicação.<br />
Sem per<strong>de</strong>r <strong>de</strong> vista a particularida<strong>de</strong> subjetiva que cada caso traz,<br />
pontua-se que, contando com a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> cuidados, ou prescindindo <strong>de</strong>la, a inserção<br />
<strong>na</strong> vida social e cultural nos contextos locais em que o usuário circula, mostra os<br />
avanços já conseguidos com o a política <strong>de</strong> SM no município.<br />
Ressaltamos, porém que é premente para o sucesso da Reforma<br />
Psiquiátrica a formulação <strong>de</strong> políticas públicas intersetoriais que promovam a<br />
reabilitação psicossocial do usuário da SM, efetivando estratégias com as instâncias<br />
gover<strong>na</strong>mentais e a socieda<strong>de</strong> civil, criando formas <strong>de</strong> organização social.<br />
Porém, não nos esqueçamos <strong>de</strong> que cabe ao usuário do serviço <strong>de</strong> <strong>saú<strong>de</strong></strong><br />
a escolha fi<strong>na</strong>l se busca ou não os serviços oferecidos, bem como o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> seguir<br />
ou não o tratamento prescrito ou buscar alter<strong>na</strong>tivas para o seu sofrimento psíquico,<br />
o que nos leva à reflexão para repensar a nossa postura como profissio<strong>na</strong>is <strong>de</strong><br />
<strong>saú<strong>de</strong></strong>.<br />
Várias são as críticas. Várias são as contradições. Contudo, o que se<br />
espera é que as equipes <strong>de</strong> <strong>saú<strong>de</strong></strong> estejam atentas e recusem a lógica <strong>de</strong> um<br />
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