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Características fisico-químicas e celulares na ... - Capril Virtual

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número de células epiteliais do que mamas contralaterais ordenhadas duas vezes<br />

ao dia, mostrando que o número de células da glândula mamária sofre um controle<br />

local da freqüência da retirada do leite.<br />

Em conjunto com as mudanças estruturais da glândula mamária no período<br />

seco ocorrem diversas mudanças <strong>na</strong> secreção láctea. Mesmo durante a lactação,<br />

quando ocorre um acúmulo da secreção láctea <strong>na</strong> glândula mamária, a taxa de<br />

secreção diminui e ocorrem mudanças <strong>na</strong> composição do leite (TURNER 3 , 1953<br />

apud FLEET; PEAKER, 1978 p.491).<br />

Fleet e Peaker (1978) relataram que <strong>na</strong> cabra ocorre uma redução de 57% <strong>na</strong><br />

produção da secreção láctea logo no segundo dia após a interrupção da ordenha e<br />

que no terceiro dia após a interrupção a quantidade de leite secretado corresponde a<br />

ape<strong>na</strong>s 22% do volume ordenhado antes da interrupção da ordenha. Esta redução<br />

da produção de secreção láctea é acompanhada de uma queda do aporte de<br />

oxigênio, glicose e acetato para a glândula mamária, sendo que no terceiro dia após<br />

a interrupção da ordenha pode ser observada uma redução de 74% no aporte de<br />

glicose, 64% de acetato e 59% no consumo de oxigênio. A partir do quarto dia sem<br />

ordenha, a reabsorção de leite se inicia e a taxa de secreção é considerada nula.<br />

Ainda segundo Fleet e Peaker (1978), as mudanças <strong>na</strong>s características físico<strong>químicas</strong><br />

do leite só aparecem a partir do terceiro ou quarto dia, com um aumento do<br />

pH, da concentração de proteí<strong>na</strong>s e de íons de sódio e cloro associados a uma<br />

diminuição dos teores de potássio, lactose e citrato, nesse mesmo período o volume<br />

do úbere atinge o grau máximo de distensão. O úbere retor<strong>na</strong> ao volume normal,<br />

equivalente ao volume da glândula vazia pós-ordenha, após 30 dias sem ser<br />

ordenhado. Com base em seu estudo, Fleet e Peaker (1978) apontaram a distensão<br />

do úbere após a interrupção da ordenha como principal fator responsável pela<br />

diminuição da secreção láctea.<br />

Segundo Henderson e Peaker (1983), a distensão física por si só não é a<br />

responsável pela inibição da secreção láctea nos caprinos, pois a infusão de solução<br />

isosmótica de dissacarídeo <strong>na</strong> cister<strong>na</strong> da glândula mamária não determinou<br />

qualquer alteração <strong>na</strong> quantidade de leite produzido pela mama. Todavia, nessa<br />

mesma pesquisa, os autores observaram que a presença de leite <strong>na</strong> cister<strong>na</strong> da<br />

1 TURNER, H. G. Dependence of residual milk in the udder of the cow upon total yield: its<br />

bearing upon supposed inhibition of secretion. Australian Jour<strong>na</strong>l of Agricultural<br />

Research, v. 4, p. 118-126, 1953.<br />

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