Scripta 9_2_link_final.pdf - Uniandrade
Scripta 9_2_link_final.pdf - Uniandrade
Scripta 9_2_link_final.pdf - Uniandrade
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Nº do Escansão Comentários<br />
verso<br />
1 2-5-7-10<br />
2 2-6-10<br />
3 3-6-8-10<br />
4 2-6-10 Diérese entre “batido” e “a”<br />
5 2-(5)-7-10<br />
6 1-4-7-10 Diérese entre “prata” e “ao”.<br />
7 3-6-10<br />
8 3-6-10<br />
9 3-6-8-10 Sinérese: pronúncia monossilábica de “sua”<br />
10 2-5-7-10<br />
11 2-5-8-10<br />
12 3-(6)-8-10 Enjambement forte (“Vênus / retratada”)<br />
13 3-6-(8)-10<br />
14 2-6-10<br />
15 3-6-10<br />
16 3-6-10 Diérese entre “risonho” e “abanava”<br />
17 2-6-10<br />
18 3-6-8-10<br />
19 3-6-10<br />
Dos dezenove versos da passagem, quatro são heroicos tradicionais<br />
(os de número 2, 4, 14 e 17) e nada menos que nove são martelos-agalopados<br />
(3, 7, 8, 9, 13, 15, 16, 18 e 19). Um verso (6) pode ser classificado como<br />
gaita-galega: tendo ictos na quarta e na sétima sílabas, ele começa com<br />
ritmo quaternário e termina com ritmo ternário; sua distribuição de acentos<br />
é, portanto, o contrário do martelo-agalopado, que começa com duas células<br />
ternárias e termina com uma quaternária (ou duas binárias). Não há nenhum<br />
sáfico, e apenas três têm icto na quinta sílaba (1, 10 e 11). Dois versos são<br />
de classificação duvidosa: os de número 5 e 12, que relutamos em classificar<br />
como verso com acento na quinta e martelo-agalopado, respectivamente,<br />
porque os ictos definidores são na verdade acentos secundários, e portanto<br />
podem não ser marcados por alguns falantes. Ou seja, quase metade dos<br />
versos são martelos-agalopados — o que é compreensível, dada a natureza<br />
narrativa da passagem, quando se leva em conta que este metro é muito<br />
empregado na poesia popular brasileira de teor narrativo. Somando-se os<br />
heroicos aos martelos-agalopados, temos que treze dos dezenove versos<br />
<strong>Scripta</strong> <strong>Uniandrade</strong>, v. 9, n. 2, jul.-dez. 2011<br />
134