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Scripta 9_2_link_final.pdf - Uniandrade

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Antônio e Cleópatra; observe-se, porém, que o número de enjambements na<br />

tradução — três — é o mesmo do original (“many” / “a prayer”, “justified”<br />

/ “by us”, “since first” / “we were”).<br />

Resumamos nossas conclusões, utilizando percentagens. Deixaremos<br />

de lado as sinéreses, diéreses e enjambements, limitando-nos à classificação<br />

métrica dos versos.<br />

Peça A & C C CI<br />

Passagem (a) (b) (a) (b) (a) (b)<br />

Total de vv. 19 25 18 18 13 26<br />

Heroicos (%) 21 44 55,6 50 30,8 57,7<br />

Martelos (%) 47,4 28 33,3 38,9 38,5 27<br />

Sáficos (%) 0 4 0 11,1 7,7 7,7<br />

Iâmbicos (%) 0 0 5,6 0 0 3,8<br />

Gaitas (%) 5,3 0 5,6 0 0 3,8<br />

Outros (%) 26,3 24 0 0 23.1 0<br />

Ainda que talvez seja precipitado tirar conclusões com base numa<br />

amostra tão pequena, se considerarmos de um lado os metros mais<br />

tradicionais — heroicos, martelos-agalopados, sáficos e iâmbicos perfeitos<br />

— e de outro as gaitas-galegas e versos de difícil classificação, parece claro<br />

que a tendência de O’Shea tem sido a de recorrer cada vez menos aos<br />

metros pouco convencionais. Apenas o primeiro trecho analisado de Conto<br />

de inverno parece destoar dessa tendência; nos outros três fragmentos das<br />

duas traduções posteriores a Antônio e Cleópatra, a preferência do tradutor<br />

recai nos versos com icto na sexta sílaba: o martelo-agalopado e o heroico.<br />

Sua escolha um tanto excêntrica do decassílabo com acento na quinta sílaba,<br />

afirmada no de Antônio e Cleópatra, parece ter sido deixada de lado nas duas<br />

traduções seguintes, em que predominam os versos de corte mais tradicional.<br />

Nota<br />

1 Sem contar O primeiro Hamlet - In-Quarto de 1603 (2010), que não foi contemplado na<br />

análise por estar ainda no prelo no momento de elaboração do artigo.<br />

<strong>Scripta</strong> <strong>Uniandrade</strong>, v. 9, n. 2, jul.-dez. 2011 141

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