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Scripta 9_2_link_final.pdf - Uniandrade

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Nº do Escansão Comentários<br />

verso<br />

1 2-6-10<br />

2 2-4-6-10<br />

3 3-6-10 Enjambement forte (“terias / relatado”)<br />

4 3-6-10<br />

5 1-3-6-10<br />

6 (1)-2-4-6-10<br />

7 3-6-8-10 Enjambement forte (“distante / do”)<br />

8 4-6-8-10<br />

9 2-6-10<br />

10 2-6-8-10<br />

11 2-4-6-(7)-10<br />

12 1-3-6-(9)-10<br />

13 2-6-10<br />

14 2-6-10 Enjambement forte (“bordel / romano”)<br />

15 2-4-6-10<br />

16 3-6-8-10<br />

17 4-7-10<br />

18 2-4-6-8-10<br />

A análise desta passagem nos revela uma situação muito diversa da<br />

que vimos em Antônio e Cleópatra. Com exceção do verso 17, uma gaitagalega,<br />

todos aqui têm icto na sexta sílaba, sendo dez heroicos, seis martelosagalopados<br />

e um (18) perfeitamente iâmbico, com acentos primários em<br />

todas as sílabas de número par, e só nelas. Desapareceram os versos com<br />

acento na quinta sílaba que eram frequentes em Antônio e Cleópatra. Observese<br />

que desapareceram também as diéreses (hiatos forçados) cuja presença<br />

foi apontada nas duas passagens estudadas da tradução anterior, e o número<br />

de enjambements fortes é inferior aos do original (sete, em quinze versos). O<br />

verso nesta passagem de Cimbeline é, portanto, bem mais regular do que o<br />

das passagens estudadas de A&C — regular tanto por utilizar pautas acentuais<br />

mais tradicionais quanto por recorrer menos a diéreses.<br />

Para verificar se esta tendência a uma maior regularidade de fato<br />

caracteriza esta segunda tradução shakespeariana de O’Shea, examinemos<br />

outra passagem em decassílabos, escolhida por acaso. Em IV, ii, tomemos<br />

a fala de Belário iniciada por “Ó deusa, Ó divina natureza” (p. 159), que<br />

termina com um verso dividido por Belário e Guidério (“Poderá nos causar.<br />

E meu irmão?”)<br />

<strong>Scripta</strong> <strong>Uniandrade</strong>, v. 9, n. 2, jul.-dez. 2011 137

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