Scripta 9_2_link_final.pdf - Uniandrade

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Deve-se destacar também, que não há uma completa falta de linearidade nesse meio cibernético, um mínimo de conexão deve existir entre os elos para que haja coerência, tão importante para compreensão de qualquer assunto em qualquer veículo de informação. Cabe ao hipertexto […] o papel da formação de cidadãos mundiais, uma vez que ele insere seu leitor num ambiente repleto de informações atuais e de todo o globo (tal leitor é para Paulo Freire o leitor ideal, aquele que sabe pensar o mundo). (MATOS; SILVA, 2008, p. 224) Ao passo que, no cibertexto, o leitor visualiza modos de digitalização de um texto literário, no hipertexto essa experiência vai além, fazendo com que o leitor perceba as infinitas possibilidades de leitura e a relação dessa multiplicidade com o suporte eletrônico utilizado. Bons exemplos de cibertextos podem ser encontrados em muitos sites. Neste estudo, porém, serão apresentados três deles, de Elson Fróes, Wilton Azevedo e Augusto de Campos, respectivamente. Autópsia das utopias, de Elson Fróes, é uma sequência de quadros que inicia com o verso “Dreams never end” (FRÓES, 2011) sobre um fundo amarelo. Em seguida, aproveitando a similaridade gráfica entre as palavras “utopia” e “autópsia”, o autor faz uma oposição, reforçando-a, inclusive, com as cores que servem de fundo. A palavra “utopia” aparece sobre um fundo verde e “autópsia”, sobre o vermelho. Entretanto, nos quadros posteriores, as palavras aparecem inscritas sobre um fundo duplo, que apresenta as cores verde e vermelho. De antagônicas, elas passam a ser complementares. A partir dessa inter-relação, formam-se palavras novas (“utopsia” e “autopia”). Além disso, dos oito quadros em que ocorre a mistura das cores representativas de uma e de outra palavra, o termo “autópsia” aparece em cinco deles, de modo que é possível estabelecer, entre as palavras, uma relação de causa (“utopia”) e efeito (“autópsia”). A destruição da utopia e a prevalência da autópsia, que metaforiza a morte, ficam claras com os últimos quadros que compõem o texto. Um deles mostra a palavra “autópsia” sobre uma tarja vermelha, em meio ao espaço verde, que antes era associado à utopia. O outro apresenta um fundo amarelo, mesma cor do primeiro quadro, e o verso: “Ends never dreamed” (FRÓES, 2011): Scripta Uniandrade, v. 9, n. 2, jul.-dez. 2011 214
Penúltimo quadro do texto Autópsia das utopias, de Elson Fróes. Imagem disponível em: Último quadro do texto Autópsia das utopias, de Elson Fróes. Imagem disponível em: O cibertexto Secret, de Wilton Azevedo, é em forma de vídeo, o que permite a inserção de som e movimento no texto. Considerado também um “videopoema”, nomenclatura que, segundo Denise Guimarães, tem Scripta Uniandrade, v. 9, n. 2, jul.-dez. 2011 215
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Textos intermidiáticos na literatu
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Abstract: In Prospero’s Books (19
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ROMEO AND JULIET: A TRAGEDY RETOLD
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SHAKESPEARE EM PORTUGUÊS DO BRASIL
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