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Scripta 9_2_link_final.pdf - Uniandrade

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[…] a grande revolução propiciada pelo tempo virtual está na inserção do<br />

papel a ser desempenhado pelo usuário nos destinos da imagem. Graças<br />

às mudanças de parâmetros da imagem infográfica que ficam disponíveis<br />

ao usuário, um poder impensável lhe é conferido para interferir, em<br />

brevíssimos lapsos de tempo, no tempo de enunciação da imagem, um<br />

tempo sem começo, meio e fim, tempo de perpetuum mobile. (SANTAELLA;<br />

NÖTH, 1998, p. 85)<br />

Essa mesma autonomia o espectador tem, no ciberespaço, onde<br />

ele pode: controlar o tempo de duração do texto ou da cena (nos casos em<br />

que o texto apresenta palavras e imagens ou somente imagens); otimizar<br />

seu tempo e acessar vários sites simultaneamente (o que ocorre com<br />

frequência, nos acessos a páginas que carregam os arquivos muito lentamente);<br />

e definir o nível de sua colaboração com o texto (ao aceitar ou recusar os<br />

convites feitos pelos hyper<strong>link</strong>s).<br />

Neste artigo, serão comentados dois tipos de produtos<br />

cibernéticos: o cibertexto e o hipertexto. De acordo com Luís Arata, a<br />

diferença entre esses dois modelos de texto depende essencialmente da<br />

participação do leitor e de sua interação com o texto. O autor classifica<br />

como cibertexto a narrativa que utiliza um suporte eletrônico e que, por<br />

esse motivo, exige um leitor ativo tecnologicamente. O hipertexto o autor<br />

usa para classificar os textos em que o leitor é livre para definir o percurso<br />

de leitura:<br />

Interactivity tends to evoke mostly images of the digital media. In literature,<br />

digital interactivity is commonly associated with hypertext and more recently<br />

with cybertext. George Landow traces the origins of this term to Theodor<br />

Nelson who used it in the 1960s to refer to non-sequential writing on a<br />

computer. Hypertext gives the reader choices to branch out among chunks<br />

of text <strong>link</strong>ed by multiple pathways. (ARATA, 2011, p. 1)<br />

Como o nome já diz, nesse caso, os hyper<strong>link</strong>s são fundamentais,<br />

pois são eles que potencializam o aspecto ativo do leitor. Em um hipertexto,<br />

não basta que o leitor esteja por dentro dos avanços tecnológicos. Ele precisa<br />

também interagir de modo mais direto com o texto, respondendo aos seus<br />

estímulos, ao decidir expandir a narrativa, por meio dos hyper<strong>link</strong>s, assim<br />

determinando a duração da leitura e a sequência do texto:<br />

<strong>Scripta</strong> <strong>Uniandrade</strong>, v. 9, n. 2, jul.-dez. 2011 213

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