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Scripta 9_2_link_final.pdf - Uniandrade

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Introdução<br />

Wit (1993) é a primeira e única peça da dramaturga estadunidense<br />

Margaret Edson, que atualmente vive em Atlanta, Geórgia, onde é professora<br />

em um jardim de infância. Em entrevista concedida ao jornalista Jim Lehrer,<br />

do jornal Online News Hour 1 , Edson revela que iniciou a escrita do texto<br />

no verão de 1991, enviando-o, em 1993, para diversos teatros do país. O<br />

texto foi rejeitado por todos, com exceção do South Coast Repertory<br />

Theater, em Costa Mesa, Califórnia, onde a peça estreou em 1995. A<br />

dramaturga recebeu o Prêmio Pulitzer na categoria drama em 1999.<br />

O texto aborda o tema da desumanização no ambiente hospitalar<br />

por meio da história da narradora-protagonista Vivian Bearing, professora<br />

universitária, especialista nos Sonetos sacros de John Donne, que descobre,<br />

aos cinquenta anos de idade, ser portadora de câncer ovariano em estágio<br />

avançado e que se submete a tratamentos experimentais oferecidos pelo<br />

hospital.<br />

Em maio de 2000, Wit estreou no Teatro Leblon, Rio de Janeiro,<br />

com direção de Diogo Vilela, tendo como protagonista a atriz Glória<br />

Menezes. Nesse mesmo ano, a peça foi traduzida para o português, por<br />

José Almino, como Wit: jornada de um poema. Pela dificuldade de<br />

encontrar um correspondente em português, foi mantido o título originário<br />

do texto, acrescido do subtítulo mencionado, visto que os diversos sentidos<br />

do vocábulo “wit” 2 fornecem a chave para o entendimento da peça. O<br />

subtítulo faz referência à jornada memorialística da protagonista que, na<br />

iminência da morte, utilizando como fio condutor o tema da transcendência<br />

que permeia o poema “Morte não sejas orgulhosa”, do poeta metafísico<br />

John Donne, revisita os principais eventos de sua vida.<br />

Essa obra foi adaptada para a TV em 2001, sob a direção de Mike<br />

Nichols. É classificada no gênero dramático e, em seu elenco, destacam-se Emma<br />

Thompson, como a narradora/protagonista Professora Vivian Bearing, e outros<br />

atores consagrados como Christopher Lloyd, Eileen Atkins, Audra<br />

McDonald, Jonathan M. Woodward e Harold Pinter. Partindo da premissa<br />

de que o texto dramático é verbal, enquanto o filme pode ser considerado<br />

verbal-áudio-visual, trata-se de uma adaptação criativa para a televisão da<br />

obra de Edson, em que essas modalidades artísticas dialogam entre si.<br />

Neste artigo pretende-se priorizar a adaptação para TV, de Mike<br />

Nichols, sob o viés comparativo do texto ao filme, salientando, principalmente,<br />

a tradução das técnicas memorialísticas para a pequena tela.<br />

<strong>Scripta</strong> <strong>Uniandrade</strong>, v. 9, n. 2, jul.-dez. 2011 75

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