Scripta 9_2_link_final.pdf - Uniandrade
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<strong>Scripta</strong> <strong>Uniandrade</strong>, v. 9, n. 2, jul.-dez. 2011<br />
Fig. 8 – Gerry, após saber da morte do pai.<br />
Como mencionado anteriormente, o fio condutor da narrativa<br />
fílmica é a relação entre Gerry e o pai. Todavia essa relação é uma criação<br />
fílmica. A narrativa autobiográfica de Gerry não faz menção a conflitos<br />
entre ele e o pai. Pelo contrário, ele conta que o pai foi uma influência<br />
positiva em sua vida. Além do mais, a convivência entre pai e filho foi<br />
quase inexistente na prisão; poucas vezes tiveram oportunidade de conversar.<br />
A conjuntura do processo de adaptação, explicada anteriormente, envolve<br />
escolhas. Assim, os idealizadores do filme optam por priorizar o drama<br />
familiar, em que o pai tenta proteger e orientar o filho, que, por sua vez,<br />
não aceita a interferência do pai em sua vida.<br />
Desde o início do filme, evidencia-se que o pai tenta controlar as<br />
atitudes do filho. Quando Gerry é mantido preso pelo IRA, tão logo é<br />
informado da situação, Giuseppe deixa o trabalho para ir até onde o filho<br />
está e suplicar para que o libertem. Ao saber do envolvimento do filho em<br />
roubos, decide enviá-lo a Londres, para mantê-lo longe da milícia britânica<br />
e do IRA. Imediatamente após a prisão, vai para a Inglaterra para ajudá-lo<br />
e acaba sendo preso sob a acusação de cumplicidade na ação terrorista. No<br />
julgamento, ao tomar conhecimento, através da confissão do filho, que Gerry<br />
roubou dinheiro da casa de uma prostituta, Giuseppe o repreende, mas<br />
destaca a importância da sua confissão. Na prisão frequentemente exterioriza<br />
ao filho as suas inquietações em relação ao seu comportamento. Quando<br />
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