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Guardiola Confidencial - Marti Perarnau-1

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05 estava ganhando por 1 a 0, antes de Robben, Müller duas vezes e Mandžukić<br />

definirem o placar (4 a 1), para manter o Bay ern como líder com um ponto de<br />

vantagem. O auxiliar técnico, Domènec Torrent, explica com precisão o que<br />

aconteceu ontem: “Nunca. Nos maus momentos nunca se deve dar uma bronca.<br />

As broncas são reservadas para os bons momentos, que é quando elas podem ser<br />

úteis de verdade. Nos maus momentos o que fazemos é corrigir posições e<br />

detalhes, nunca perturbar. A credibilidade você ganha corrigindo, não dando<br />

broncas quando está perdendo”.<br />

<strong>Guardiola</strong> está satisfeito com a virada do dia anterior. Em vez de repreender os<br />

jogadores, o que fez foi dar-lhes outra plataforma tática: posicionou-os no 4-2-3-<br />

1, com Götze como meia-atacante às costas de Mandžukić, e esse simples<br />

movimento desmontou o bem organizado Mainz, do excelente Thomas Tuchel,<br />

um dos mais promissores técnicos alemães: “O dia em que sofremos de verdade<br />

foi contra o Wolfsburg. Eles se defenderam muito bem. Aquele dia, sim, eu vi a<br />

vitória periclitar”, diz Pep. E passa a analisar os pontos positivos e negativos do<br />

seu time: “Já conseguimos conter a sangria dos contra-ataques. Aqui na<br />

Alemanha, montam um contra-ataque em três segundos. Começamos mal,<br />

porque Alaba, em vez de avançar para pressionar o ponta, recuava rapidamente<br />

e oferecia espaço. Mas em pouco tempo ele corrigiu isso”.<br />

Por outro lado, na saída de bola, o famoso u inócuo ainda é um defeito a ser<br />

corrigido: “O que falta para nós é agressividade para sair com a bola. Se o<br />

adversário nos espera, temos que ir pra cima: avançamos e dividimos seus<br />

blocos”. Para melhorar nesse aspecto, Pep aposta claramente em recuar o<br />

volante Lahm e deixá-lo entre os zagueiros centrais para fazer a saída lavolpiana<br />

[do técnico argentino Ricardo La Volpe]: “A saída com três homens é muito boa,<br />

porque modifica a pressão do adversário. Ainda que eles façam a pressão com<br />

dois (um atacante e um meia-atacante), a saída com três homens os obriga a se<br />

posicionar em paralelo, em 4-4-2, e aí você pode ultrapassá-los”.<br />

Para ele, não nos esqueçamos, o jogo sempre consiste em conseguir a<br />

superioridade em cada setor do campo. <strong>Guardiola</strong> então faz uma explicação que<br />

pode surpreender: em sua visão, os movimentos táticos são instrumentais e estão<br />

a serviço das necessidades do time, não o contrário. “É sempre assim. O<br />

importante são os jogadores e a tática deve se adaptar a eles. No último ano no<br />

Barça, por exemplo, mudamos todo o sistema e implantamos o 3-4-3 para que<br />

Cesc Fàbregas pudesse entrar. E foi um período incrível, com Cesc e Messi como<br />

dupla de meias-atacantes, com o que os dois têm de melhor, que é chegar à área<br />

quando farejam sangue”, diz.<br />

Atualmente, está muito satisfeito com o rendimento de Arjen Robben sempre<br />

que situa o holandês no lado esquerdo do ataque: “Pode ser casualidade, mas<br />

todas as vezes em que ele vai para a esquerda, marca um gol”. E Pep começa a

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