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Guardiola Confidencial - Marti Perarnau-1

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Munique, 5 de dezembro de 2013<br />

Momento 39<br />

A excelência é uma ilusão<br />

Em Augsburgo, Pep recuperou Ribéry, mas perdeu Robben. A fase do holandês<br />

era sublime: no terceiro minuto do jogo, conseguira seu décimo terceiro gol na<br />

temporada, ou seja, igualara o desempenho de 2012/2013, quando marcou treze<br />

gols e deu dez assistências. Agora, com apenas quatro meses de competição, já<br />

ostentava os mesmos números, uma indicação clara de seu ótimo rendimento.<br />

Sua passagem pelo Bayern, como acontecera no Chelsea e no Real Madrid,<br />

levava a marca da descontinuidade, por causa das lesões. Sua melhor temporada<br />

tinha sido a de 2009/2010, a primeira no Bay ern, quando disputou 37 jogos, fez 23<br />

gols e deu oito assistências aos companheiros. Ainda no início deste mês de<br />

dezembro, ele já somava vinte jogos, contava treze gols e dez assistências, indício<br />

de que esta poderia vir a ser sua grande temporada, quando estava prestes a<br />

completar trinta anos.<br />

Mas aos quinze minutos de jogo, uma entrada do goleiro Marwin Hitz acabou<br />

com o ano de 2013 de Robben, que sofreu um corte tão profundo no joelho que<br />

sua articulação chegou a ser afetada. Arjen não voltaria ao campo até 24 de<br />

janeiro de 2014. “É uma grande perda”, disse <strong>Guardiola</strong>. “Estava jogando um<br />

futebol espetacular.”<br />

A prevenção contra lesões havia se transformado no melhor aliado de Robben.<br />

Depois de muitos anos de experiências amargas, ele tinha aprendido a se cuidar e<br />

diariamente dedicava meia hora antes do treino a uma rotina de trabalhos de<br />

força, equilíbrio e core (trabalho pélvico-lombar), com o objetivo de proteger os<br />

músculos das costas, os isquiotibiais e os abdutores. Depois de cada treino,<br />

passava mais meia hora fazendo exercícios de mobilidade e alongamento. Essa<br />

atividade preventiva vinha sendo fundamental para que sua sequência de jogos<br />

não fosse interrompida.<br />

O jogo de Copa em Augsburgo foi tão intenso quanto <strong>Guardiola</strong> previa. O<br />

técnico, no entanto, decidiu não utilizar a saída de bola com três defensores,<br />

porque o exercício do dia anterior não havia sido convincente. Ainda assim,<br />

antecipando a pressão agressiva do time adversário, escalou Thiago como<br />

volante, priorizando a saída de bola e facilitando o início das jogadas. A essa<br />

altura, chegando a apenas cinco meses de competição, o técnico já empregara<br />

seis volantes diferentes — Lahm, Schweinsteiger, Kroos, Javi Martínez,<br />

Kirchhoff e Thiago —, o que dá ideia dos vaivéns que a equipe sofreu em função<br />

de tantas lesões.<br />

Na preleção técnica realizada no hotel, <strong>Guardiola</strong> pediu a seus defensores e

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