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Guardiola Confidencial - Marti Perarnau-1

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movimentos; mas, nas primeiras partidas do segundo turno, em janeiro e<br />

fevereiro, a equipe já tinha o ritmo desejado e um jogo completamente diferente<br />

do início”, explica Breitner.<br />

Pep <strong>Guardiola</strong> foi o escolhido para liderar a terceira etapa: “Exatamente.<br />

Heynckes ainda jogava com posições fixas, mas em alta velocidade e com o<br />

objetivo de marcar muitos gols. Não queríamos só a posse da bola, a ideia era<br />

marcar muitos gols. Agora, com Pep, já passamos à alternância de posições, à<br />

circulação constante da bola, à movimentação contínua dos atletas. Estamos a<br />

caminho de jogar como o Barça de dois ou três anos atrás, que jogou melhor do<br />

que nunca”.<br />

A explicação de Paul Breitner acontece quando <strong>Guardiola</strong> acaba de ser<br />

apresentado como novo técnico. Ainda há mais esperanças que realidades. O<br />

Bay ern, não nos esqueçamos, teve sete treinadores em uma década: de Hitzfeld<br />

a <strong>Guardiola</strong>, sete treinadores. Não é exatamente um exemplo de estabilidade,<br />

muito embora pareça coerente a evolução dos últimos três anos relatada por<br />

Breitner.<br />

Em 25 de junho de 2013, apenas um dia depois da apresentação oficial de Pep,<br />

torna-se inevitável a pergunta: começa uma nova era no futebol europeu?<br />

Começa a ditadura do Bay ern? Na Biergarten, cervejaria típica da Baviera no<br />

Viktualienmarkt de Munique, falamos sobre isso com três jornalistas catalães:<br />

Ramon Besa, do El País, Marcos López, do El Periódico e Isaac Lluch, do diário<br />

Ara. Os três duvidam: “Pode ser, mas não é certo, porque o Barça ainda não<br />

entregou os pontos e outras potências vão se encorpando em outros lugares. Não<br />

sei se voltará a haver já de imediato um grande ditador no futebol europeu, como<br />

foi o Pep Team. Não podemos saber se o Bayern de <strong>Guardiola</strong> será esse novo<br />

grande ditador”.<br />

Mounir Zitouni, jornalista da revista alemã Kicker, menciona a inteligência<br />

emocional como fator-chave para que a Operação <strong>Guardiola</strong> seja um sucesso:<br />

“Pep tem um plano e os jogadores terão que mudar algumas ideias. Nós,<br />

jornalistas, também precisamos fazer um esforço de compreensão. Será muito<br />

importante que os jogadores se adaptem à nova maneira de jogar. Mas Pep<br />

também terá que se adaptar. Tem que ser um compromisso de ambas as partes,<br />

que poderá trazer bons resultados, já que nesse elenco existe muita qualidade.<br />

Será uma questão de inteligência emocional para as duas partes”.<br />

Nas cidades mais envolvidas com futebol na Alemanha, grupos de aficionados<br />

de todos os clubes reúnem-se com jornalistas, blogueiros e tuiteiros para dividir<br />

opiniões e algumas cervejas. Naquela mesma noite, nós jantamos em Munique<br />

com um desses grupos, que se chama #tpMuc. Stefen Niemey er, um desses<br />

fanáticos, acompanha o Bay ern em todas as viagens do time. Quando o trabalho<br />

de <strong>Guardiola</strong> ainda está por começar, Stefen considera que a decisão do clube foi

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