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Guardiola Confidencial - Marti Perarnau-1

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na Copa e na Champions, apesar de termos jogado a final em casa, mas não<br />

conseguimos ganhar nada; nem nesse momento pensei em dizer que Heynckes<br />

não tinha feito um bom trabalho. E, de fato, no ano seguinte Jupp ganhou tudo. E<br />

então as pessoas disseram: Hey nckes acertou sempre, porque ganhou tudo. E no<br />

ano anterior, então? Tive a sorte de viver cinco anos fora, na Itália, como<br />

jogador, e isso me permite ver o futebol de um modo diferente do habitual na<br />

Alemanha.”<br />

“O Bay ern está satisfeito com <strong>Guardiola</strong> em seu primeiro ano como técnico?”<br />

“Quando repasso todo o acontecido na temporada, vejo que gosto da<br />

associação entre Pep e o Bay ern. Gosto porque acredito, antes de tudo, que ele é<br />

um grande treinador. Porque tem as ideias claras, tem um plano definido e tem<br />

uma filosofia clara sobre o futebol e sua tática. E, graças a tudo isso, ele<br />

conseguiu algo que normalmente não acontece: no ano passado ganhamos três<br />

títulos; a temporada posterior à das grandes conquistas é sempre muito<br />

complicada, porque os jogadores estão cansados e um pouco desmotivados. No<br />

entanto, não aconteceu como em 2001, quando depois de ganhar a Champions<br />

contra o Valencia, tudo se complicou e só conseguimos ficar em terceiro na liga,<br />

fomos eliminados nas quartas da Champions e sequer chegamos à final da Copa.<br />

Aquela foi uma temporada decepcionante. Acho que, graças a Pep, conseguimos<br />

evitar algo parecido. Porque o que acontece normalmente é que a motivação e o<br />

desejo dos jogadores decrescem de forma inevitável depois das grandes<br />

conquistas. Graças a Pep, permanecemos no nível mais alto. É verdade que, em<br />

momentos como o de terça-feira passada, quando você perde em casa por 4 a 0<br />

contra o Real Madrid, as pessoas se decepcionam e a imprensa começa a<br />

criticar; mas, na minha opinião, não devemos dar muita importância a essas<br />

críticas. O importante é ter uma visão global da temporada. Se penso em como<br />

nós jogamos neste ano… Não nos esqueçamos de que há apenas quatro semanas,<br />

quando ganhamos o título da liga em Berlim, a mesma imprensa escreveu que o<br />

campeonato era chato, porque o Bay ern jogava bem demais e tinha um nível<br />

muito alto para os concorrentes. E agora parece que somos ruins. Tivemos uma<br />

queda mental, que nos fez perder alguns jogos, e certamente a derrota da terçafeira<br />

é dolorosa, mas são coisas que acontecem e são compreensíveis.”<br />

“Essa derrota vai obscurecer de forma inevitável o balanço da temporada.”<br />

“Não devemos esquecer que há uma lei no futebol, na Champions League, que<br />

diz que quem ganhou o título no ano passado não ganha neste. Não sabemos por<br />

quê, mas é assim há 22 anos. Nós procuramos quebrar essa regra para fazer<br />

história novamente na Champions, mas não conseguimos. Para mim, a<br />

estabilidade deve ser buscada na forma de jogar, nos títulos também, claro, e por<br />

fim no ponto que você alcança nas competições. Com Pep, e mesmo antes de<br />

Pep, o Barcelona sempre foi para mim uma espécie de benchmark, de exemplo:

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