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Guardiola Confidencial - Marti Perarnau-1

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significar o fim da linha em relação aos grandes objetivos (apesar de estarmos<br />

ainda no início de março) ou então o início da disparada final. “O jogo de<br />

amanhã é importante porque, se formos eliminados, o final da temporada será<br />

muito longo, com a liga já conquistada. Temos que chegar às quartas e, a partir<br />

daí, lutar por tudo.”<br />

Mas, com quem? Ontem, ele achava que devia escalar os que vinham<br />

carregando o piano, mas durante a noite surgiu outra ideia: não correr o menor<br />

risco. As quartas de final estão ao alcance das mãos, basta controlar o jogo,<br />

amarrá-lo, fazer o que não foi feito no Emirates Stadium durante os primeiros<br />

minutos, e o passo será dado. Se conseguir controlar os noventa minutos, faltarão<br />

apenas quatro jogos para chegar a outra final europeia.<br />

<strong>Guardiola</strong> se debate entre atacar ou controlar. Quase sempre opta por atacar,<br />

mas hoje tem dúvidas. Tanto que ao meio-dia ainda não resolveu o dilema. No<br />

fundo, sente-se bem em situações extremas, como quando não tem jogadores<br />

suficientes e precisa jogar uma final de Champions improvisando meia defesa —<br />

aconteceu em 2009 e em 2011. Nesses momentos, pode recorrer a toda a sua<br />

capacidade inventiva. Agora está diante de um cenário novo, pois dispõe do<br />

elenco todo, o que na verdade é um problema bom. É o que em Munique se<br />

chama de Luxusproblem. Todos os jogadores são profissionais e podem entender.<br />

Ou não.<br />

Na semana passada ele almoçou com Toni Kroos e reafirmou ao atleta que<br />

conta com ele para ser um dos líderes da equipe nas próximas temporadas. Não<br />

interferiu nas tratativas financeiras entre clube e jogador nem se arriscou<br />

garantindo-lhe uma titularidade que não pode prometer a ninguém, mas deixou<br />

patente sua confiança no meia. Anos antes, fez exatamente o mesmo com Yay a<br />

Touré. Disse a Kroos que quer tê-lo ao seu lado e se ofereceu para ajudá-lo a ser<br />

um jogador ainda melhor do que já é. Mas hoje vai deixá-lo fora do time titular.<br />

Porque ele está resfriado, mas também porque quer que Schweinsteiger não<br />

fique para trás na dinâmica do grupo. Pretende que todos cheguem em forma a<br />

abril e maio.<br />

Exceto por Badstuber, não há lesionados. É um quadro sem precedentes na<br />

temporada: foi preciso esperar até 10 de março para que todos os jogadores<br />

estivessem disponíveis. Até aqueles que recentemente sofreram pancadas duras<br />

treinam sem problemas, pois já não sentem dores. Os atletas usam o traje<br />

especial da Champions League, o que serve para alegrar todo o grupo. Ninguém<br />

quer perder o duelo com o Arsenal.<br />

O treino do dia anterior à partida não dá pistas sobre a escalação. Neste caso,<br />

porque Pep ainda não decidiu se partirá em busca do gol ou se será mais<br />

prudente, segurando o jogo. Mas a sessão de treinos tem outro foco, a preparação<br />

para cortar no início qualquer ataque do time londrino. Ele repassa em detalhes

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